Browsing by Author "Lopes, Catarina Leonor Afonso do Vale"
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- Ácidos fenólicos e flavonoides glucosilados em Lavandula pedunculata (Mill.) CavPublication . Lopes, Catarina Leonor Afonso do Vale; Jiménez López, Cecília; Carvalho, Ana Maria; Rocha, Filomena; Lopes, Violeta R.; Barata, Ana Maria; Barros, Lillian; Ferreira, Isabel C.F.R.As plantas contêm na sua composição vários compostos bioativos que exercem efeitos benéficos na saúde humana, nomeadamente na prevenção de doenças associadas com o stresse oxidativo. Os compostos fenólicos são exemplos desses bioativos e, em particular, os ácidos fenólicos e flavonoides que se encontram frequentemente ligados a açúcares, são amplamente reconhecidos por possuírem propriedades antioxidantes [1,2]. Neste trabalho foi analisada a composição fenólica de Lavandula pedunculata (Mill.) Cav.. Foram obtidas treze amostras provenientes de exemplares silvestres de populações naturais de diferentes regiões de Portugal, e conservadas ex-situ no Banco Português de Germoplasma (BPGV). Em 2015, os acessos conservados foram multiplicados nos terrenos do BPGV em Braga e as plantas resultantes cortadas no estado de floração. O perfil fenólico foi analisado por HPLC-DAD-ESI/MSn após extrações etanol: água (80:20, v/v) e aquosas (por infusão). Foram identificados nove ácidos fenólicos, 4 dos quais se encontram glucosilados (hesóxidos de ácido cafeico, p-cumárico e rosmarínico), e quatro flavonoides todos eles ligados a açúcares (luteleonina-O-hexósido-O-glucurónido, luteleonina-Oglucurónido, luteleonina-O-metilglucurónido e eriodictiol-O-glucurónido). Destes últimos o mais abundante foi a luteolina-O-glucurónido com valores que oscilaram entre 12,15 ± 0,02 e 24,36 ± 0,04 mg/g para os extratos hidroetanólicos, e 42,12 ± 0,01 a 101,5 ± 0,1 mg/g para os extratos aquosos. O perfil fenólico foi similar em todas as amostras analisadas e nos diferentes extratos, sendo apenas diferente a concentração de cada um dos compostos. A amostra 8, proveniente de Bragança, revelou a maior concentração na maioria dos compostos identificados, quer nos extratos hidroetanólicos, quer nos aquosos. O presente estudo permitiu um conhecimento aprofundado do perfil fenólico de L. pedunculata, uma vez que foram estudadas amostras com diferentes proveniências. Os extratos aquosos foram sempre mais ricos nestes compostos que os hidroetanólicos, o que se revela uma vantagem já que a planta em estudo pode ser consumida na forma de infusão.
 - Influência da origem geográfica no perfil fenólico de Lavandula pedunculata (Mill.) Cav.Publication . Lopes, Catarina Leonor Afonso do Vale; Pereira, Eliana; Carvalho, Ana Maria; Barata, Ana Maria; Lopes, Violeta R.; Rocha, Filomena; Barros, Lillian; Ferreira, Isabel C.F.R.Ao longo da história da humanidade, aproximadamente 7000 espécies de plantas têm sido utilizadas como alimento e também como um recurso essencial para o nosso bem-estar [1]. As espécies do género Lavandula são muito utilizadas, não só na medicina popular, como também na indústria alimentar, no fabrico de bebidas aromatizadas, gelados, doces e pastelaria. São também matéria-prima nas indústrias de perfumaria e farmacêutica, fazendo parte da formulação de sabonetes, perfumes, colónias, loções e outros cosméticos (Kim & Lee, 2002). Assim, neste trabalho pretendeu-se analisar o perfil fenólico de extratos aquosos (obtidos por infusão) e hidroetanólicos (etanol:água 80:20, v/v) de diferentes amostras de Lavandula pedunculata (Mill.) Cav., cultivadas no Banco Português de Germoplasma (BPGV) a partir de sementes recolhidas em exemplares silvestres de populações provenientes de diferentes regiões de Portugal, e conservadas ex-situ no BPGV. O objetivo final era estabelecer uma eventual relação entre a composição fenólica e a proveniência das diferentes populações/amostras. A análise do perfil fenólico individual de cada amostra foi efetuada por HPLCDAD- ESI/MS. Todas as amostras apresentaram um perfil idêntico, revelando a presença de treze compostos fenólicos diferentes, destacando-se o ácido salvianólico B como o composto maioritário. A amostra proveniente de Ponte de Sôr (Portalegre), salientou-se das restantes por apresentar maior concentração de ácidos fenólicos, flavonoides e compostos fenólicos totais para ambos os extratos estudados. Comparando os diferentes tipos de extrato, em geral, os extratos aquosos apresentaram maior concentração em compostos fenólicos. Estes resultados evidenciam não só o perfil fenólico desta espécie, como também, a existência de variações entre amostras com diferentes origens geográficas, dando relevância aos fatores bióticos e abióticos na composição química das espécies.
 - Otimização das condições de produção da geleia real e avaliação de parâmetros da qualidade do produto finalPublication . Lopes, Catarina Leonor Afonso do Vale; Vilas-Boas, MiguelA geleia real, o alimento exclusivo da abelha rainha durante toda a sua vida, é uma segregação aquosa produzida pelo sistema glandular cefálico das abelhas obreiras amas. Apresenta uma consistência macia esbranquiçada, de natureza ácida e cheiro característico com um pH de 4,5 e uma composição em açúcares semelhante à do mel. Na sua composição, para além da água, encontram-se várias vitaminas, minerais, e um conjunto de proteínas com elevada atividade fisiológica onde se inclui a “royalactin”, uma hormona que intervém na regulação do crescimento, desenvolvimento, metamorfoses e é responsável pela diferenciação entre a abelha rainha e as abelhas obreiras. Para além das proteínas, a geleia real contém também um ácido gordo bastante raro na natureza, o 10-hidroxidec-2-enóico (10-HDA), uma substância com elevada atividade farmacológica e que é utilizada também como um marcador da qualidade do produto. A sua quantificação é utilizada como critério importante na sua classificação em termos de qualidade e para fins comerciais podendo variar de acordo com a origem da geleia real. A produção de geleia real ocorre de forma natural no interior da colmeia quer para a alimentação das larvas na sua fase de desenvolvimento inicial quer no processo de substituição/reposição da abelha rainha. A produção nestas condições é muito limitada, pelo que a sua exploração comercial requer a aplicação de procedimentos próprios. Estes procedimentos baseiam-se na aptidão de famílias órfãs, para criarem novas mestras, fornecendo à colónia um conjunto de condições para a formação de um elevado número de alvéolos reais onde as abelhas ama colocarão geleia real, a qual será recolhida num espaço de 48 a 72 horas. O aumento da procura no mercado deste produto apresenta-se como uma possibilidade do apicultor aumentar a sustentabilidade e rentabilidade da exploração. Este trabalho, realizado numa colaboração entre o Laboratório da Universidade de Aristóteles de Salónica na Grécia e a Escola Superior Agrária de Bragança, teve como objetivo avaliar a produção de geleia real em diferentes condições experimentais, utilizando colónias não-órfãs, bem como analisar os parâmetros de qualidade da geleia real produzida. Para a produção de geleia real foram preparadas nove colónias não-órfãs, divididas em três grupos com um efetivo de abelhas e reservas previamente harmonizado. Cada colónia foi constituída por um ninho e uma alça, separados por uma grade excluidora, mantendo-se a abelha rainha confinada no ninho. Num dos grupos foi colocado na alça um quadro com 60 cúpulas para a produção de geleia real. Nos restantes dois grupos foi adicionada uma segunda grade excluidora no ninho, permitindo confinar a rainha em apenas metade do ninho, colocando-se na outra metade um segundo quadro com cúpulas, totalizando em três colónias 90 cúpulas e nas restantes três, 120 cúpulas. A cada três dias, as cúpulas foram enxertadas com ovos do dia, recolhendo-se a geleia real ao final de 72 horas. A avaliação da produtividade dos três grupos realizou-se em 20 sessões entre os meses de maio e julho, através da contabilização do nível de aceitação dos enxertos e da quantidade de geleia real produzida. Entre o início do estudo em maio e os primeiros dias do mês de julho, a produtividade de geleia real manteve-se aproximadamente constante sofrendo uma quebra significativa na produção a partir do meio de julho, o que estará associado com a diminuição das condições adequadas ao desenvolvimento da colónia, nomeadamente de disponibilidade de alimento e aumento das temperaturas. O nível médio de aceitação global dos enxertos foi de 57% observando-se uma redução para as colmeias com maior número de cúpulas. Este decréscimo foi mais evidente com a passagem de 90 para 120 cúpulas por colmeia. O comportamento observado ao nível da produtividade também diminuiu com o aumento do número de cúpulas por quadro, no entanto, a redução entre o grupo de 60 e 90 cúpulas foi muito reduzida, obtendo-se nestes casos 0,25 g por cúpula. Considerando a produção média por cúpula e o grau de aceitação dos enxertos, verifica-se que a metodologia mais adequada para a produção de geleia real é a introdução de 90 cúpulas, atingindo-se para este grupo o valor máximo de produção de geleia real com 788 g. A avaliação da qualidade de geleia real foi efetuada em seis amostras às quais se adicionou uma amostra de geleia real obtida em Portugal. Os teores em humidade oscilaram entre 58-68 % e as cinzas entre 3-4 %. A frutose e glucose, sendo os açúcares maioritários na geleia real, tiveram valores entre 10-18 %, tendo o total de açúcares oscilado entre 33-41 %. O teor proteico das amostras revelou valores elevados atingindo os 43 %. Para o ácido 10-hidroxidec-2-enóico, reconhecido como o componente mais bioativo da geleia real, foram encontrados valores entre 5-7 %. Estes valores estão todos de acordo com teores recomendados.
 - Phenolic composition and bioactivity of Lavandula pedunculata (Mill.) Cav. samples fromdifferent geographical originPublication . Lopes, Catarina Leonor Afonso do Vale; Pereira, Eliana; Soković, Marina; Carvalho, Ana Maria; Barata, Ana Maria; Lopes, Violeta R.; Rocha, Filomena; Calhelha, Ricardo C.; Barros, Lillian; Ferreira, Isabel C.F.R.The aim of this study was to characterize the phenolic composition and evaluate the bioactivity of several samples of Lavandula pedunculata (Mill.) Cav, and to compare aqueous and hydroethanolic extracts. Plant materials were obtained by growing some accessions (seed samples) of various wild populations from different regions of Portugal conserved at the Portuguese Genebank in Braga. Phenolic compounds were analised by HPLC-DAD-ESI/MSn, antioxidant potential through in vitro assays (DPPH radical scavenging activity, reducing power and inhibition of lipid peroxidation), cytotoxicity on tumor cells (MCF-7, NCI-H460, HeLa and HepG2) and non-tumor (PLP2) cells, anti-inflammatory activity in rat RAW 264.7 macrophages, by the ability to inhibit NO production and antimicrobial potential by the microdilution method with INT dye (iodonitrotetrazolium chloride). Thirteen compounds were identified, being salvianolic acid B, rosmarinic acid and luteolin-7-O-glucuronide, the main compounds present, with values ranging between 44.3⁻582, 50.9⁻550, and 24.36⁻101.5 mg/g extract, respectively. L. pedunculata aqueous extract revealed a higher antioxidant potential (EC50 values between 14 to 530 μg/mL), which could be related to its higher concentration in phenolic compounds; however, the hydroethanolic extract showed a higher anti-inflammatory (lower EC50 values than 124 μg/mL) potential and antiproliferative capacity (lower GI50 values than 34 μg/mL). Thus, this study highlights the bioactive effects of this species and opens up possibilities of uses in food and pharmaceutical formulations. However, there are potential differences in such properties according to geographical origin of plant material, as in general, the samples from Alentejo presented higher results in all the bioactivities, compared with Trás-os-Montes samples.
 
