Browsing by Author "Delgado, Viviane Rodrigues"
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- Análise das vivências de enfermeiros de urgência no controlo da dor da pessoa em situação críticaPublication . Delgado, Viviane Rodrigues; Baptista, GoreteO controlo da dor abarca todas as intervenções destinadas à sua prevenção e tratamento. Sempre que o enfermeiro preveja a ocorrência de dor ou avalie a sua presença, deve intervir na promoção de cuidados que a aliviem ou reduzam para níveis considerados toleráveis pela pessoa, gerindo ações farmacológicas e não-farmacológicas, para garantir o bem-estar físico, psicossocial e espiritual do indivíduo. Objetivo: Identificar as principais intervenções, sentimentos e limitações vivenciadas pelos enfermeiros de urgência de uma ilha de Cabo Verde, no que concerne ao controlo da dor da pessoa em situação crítica. Metodologia: Foi desenvolvido um estudo qualitativo com enfoque fenomenológico, de caráter exploratório e descritivo, numa amostra de 6 enfermeiros de um Banco de Urgência de uma ilha de Cabo Verde. Foram realizadas entrevistas por videochamada, conforme a disponibilidade dos participantes, recorrendo-se a um guião de entrevista semiestruturada, com 8 questões, sendo feita análise de conteúdo. Resultado: Os enfermeiros da amostra relataram um leque de sentimentos, uns negativos e outros positivos, relativamente às necessidades de intervenções para controlo da dor nos doentes críticos. Como negativos obtiveram-se: ansiedade, stress, desanimo, impotência, angustia, esgotamento físico, entre outros. Os sentimentos positivos percecionados foram a empatia, comunicação e humanismo. Verbalizaram utilizar medidas de enfermagem interdependentes e autónomas, para controlo da dor dos doentes críticos no SU. Todos recorrem às medidas farmacológicas, segundo prescrição médica. Foram reconhecidas algumas intervenções não farmacológicas, voltadas para a promoção do conforto, tais como adequação do posicionamento, aplicação de calor e frio e massagens. Das principais limitações apontadas surgiram como subcategorias: Défice ou falta de formação no controlo da dor e Carência de recursos humanos. Conclusão: O estudo revelou uma gama complexa de sentimentos nos enfermeiros de urgência da amostra, destacando alguns desafios emocionais e algumas estratégias farmacológicas e não farmacológicas no controle da dor em pacientes críticos. Os resultados apontam para a necessidade de abordagens abrangentes que promovam tanto o bem-estar emocional dos enfermeiros quanto ao aprimoramento das práticas no controlo da dor em ambientes de urgência. Para tal, urge reverter a escassez de recursos humanos, bem como promover a formação específica destes enfermeiros na gestão da dor.