Browsing by Author "Cavalli, Aline"
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- Áreas ardidas e risco de erosão potencial em zonas de montanha do NE PortugalPublication . Cavalli, Aline; Figueiredo, Tomás de; Fonseca, Felícia; Mees, Juliana B.A erosão do solo é um dos problemas ambientais mais sérios relacionados com a gestão da terra em todo o mundo. Trata-se de um processo natural acelerado por atividades antropogénicas como o desmatamento, práticas agrícolas, entre outras. Dentre os diversos tipos de erosão do solo a que apresenta maior importância e influencia para a degradação do solo é a erosão hídrica, em particular no NE de Portugal. A região compreende extensas zonas de montanha especialmente sensíveis face às condições topográficas favoráveis e aos solos geralmente delgados e pedregosos, além de sofrer persistente ocorrência de incêndios florestais que ocasionam a remoção da cobertura vegetal protetora do solo, expondo-o ainda mais a ação das chuvas. Este trabalho, focado no Distrito de Bragança, baseou-se na informação sobre a ocorrência de incêndios disponível de 1990 a 2015 (ICNF) e na Carta dos solos e da aptidão da terra do NE de Portugal. O trabalho visou quantificar a distribuição dos solos, da aptidão da terra e das condições de erosão nas áreas ardidas nos últimos 26 anos no Distrito de Bragança, utilizando estimativas dos fatores da Equação Universal de Perda de Solo (USLE). No período analisado, o Distrito foi afetado por incêndios em 24% da sua área, queimando matos (70%) e floresta (20%). Os solos nestas áreas são maioritariamente delgados (Leptossolos, 90%), de aptidão nula ou marginal para usos agrícola (77% e 22%, respetivamente) e florestal (65% e 21%, respetivamente). A recorrência dos incêndios situa-se dominantemente aos 4 anos, seguindo-se o período de 7 e 9 anos, sendo que a maior extensão reardida ocorreu com um intervalo recorrência de 6 anos. Na sua grande maioria, o resultados da avaliação da suscetibilidade do solo à erosão hídrica foram superiores a 10 ton.ha-1.ano-1, o que classifica esses ambientes em risco de erosão severa. Os incêndios afetam áreas marginais, em boa parte de solos já em risco de degradação, nas quais, deste modo, o processo de recuperação é a cada ocorrência interrompido e em seguida recomeçado com progressivamente mais limitações.
- Áreas ardidas e risco potencial de erosão: estudo realizado em zonas do NE PortugalPublication . Cavalli, Aline; Figueiredo, Tomás de; Fonseca, FelíciaA erosão é uma das ameaças mais importantes ao recurso solo em Portugal, colocando em risco de degradação áreas consideráveis, o que é muito evidente no NE Transmontano, com extensas zonas de montanha particularmente sensíveis face às condições topográficas favoráveis (Figueiredo et al., 2013) e aos solos geralmente delgados e pedregosos, que espelham bem a ação persistente dos processos de erosão hídrica (Alexandre, 2015). Além dessas características, as mudanças no uso da terra crescentes no país propiciam a restruturação da vegetação, que muitas vezes pode não executar sua função apenas de uma forma positiva como a proteção eficaz do solo, mas servir como combustível potenciador na ocorrência de incêndios florestais, devido ao acumulo de biomassa juntamente com o clima seco e quente da região. Os incêndios florestais ocasionam um agravamento nos processos erosivos do solo, já que removem a cobertura vegetal protetora, além de ocasionar a perda de grande parte da matéria orgânica presente. Esse processo acaba reduzindo a capacidade do solo para armazenar água e nutrientes, acarretando uma redução da profundidade cultivável e fertilidade do solo, prejudicando a resistência e resiliência do solo, resultando em condições mais propensas à seca (Alexandre, 2015; Hudson, 1981; Morgan, 2005). Outro fator de agravamento das condições potenciais de degradação do solo pós-fogo diz respeito a algumas situações em que os resíduos gerados pela queima podem causar repelência do solo à água acentuando ainda mais o escoamento e a erosão (Neary et al., 2005). Essa erosão pode ser estimada, utilizando alguns modelos de avaliação de perda de solo. Um modelo bastante comum é o que foi desenvolvido por Wischmeier & Smith (1978), denominado Universal Soil Loss Equation USLE, em que calcula a perda de solo por unidade de área expressa de acordo com as características dos fatores integrantes da equação, retratado pelo peso do solo por unidade de área do local. Deste modo, o trabalho tem como objetivo analisar as áreas ardidas no Distrito de Bragança, NE Portugal, durante o período de 1990 a 2015, avaliando a ocorrência e magnitude dos incêndios florestais e suas recorrências, os recursos pedológicos e aptidão da terra, além de estimar as perdas potenciais de solo e suas consequências para a degradação do recurso solo na região.
- Incêndios e áreas ardidas nos últimos 25 anos do distrito de Bragança, Portugal: análise e estimativa de consequências para o recurso soloPublication . Cavalli, Aline; Figueiredo, Tomás de; Fonseca, Felícia; Hernández, ZulimarA erosão é uma das ameaças ao recurso solo em Portugal, afetando atualmente áreas consideráveis, situação muito evidente no NE Transmontano. As áreas ardidas em consequência de incêndios florestais possibilitam a expressão deste quadro de risco potencial de erosão severa, traduzindo-se em perda da capacidade de recuperação dessas áreas. Este trabalho buscou informação disponível sobre a ocorrência de incêndios no Distrito de Bragança de 1990 a 2015 (ICNF). Os resultados mostram uma variação acentuada ao longo da série do número de ocorrências e da área ardida, e uma grande concentração da área ardida em pequeno número de ocorrências, com destaque para 2013 (Picões, 14130 ha). A grande maioria da área ardida corresponde a matos, sendo residual a área agrícola. Os incêndios afetam áreas marginais, parte dos solos já em risco ou com grau severo de degradação, nas quais, o processo de recuperação é, a cada ocorrência, interrompido e em seguida recomeçado com progressivamente mais limitações. Palavras-chave: Áreas ardidas, ocorrência de incêndios, erosão do solo, NE de Portugal.
- Solos e Risco de Erosão nas áreas ardidas no último quarto de século no Distrito de Bragança, NE de Portugal: abordagem cartográficaPublication . Cavalli, Aline; Neta, Maria Clotilde; Figueiredo, Tomás de; Fonseca, Felícia; Hernández, ZulimarA erosão hídrica, pelos seus efeitos na degradação geral da terra, é uma importante ameaça ao recurso solo em particular no NE de Portugal. As áreas ardidas em consequência de incêndios florestais possibilitam a expressão deste quadro de risco potencial de erosão severa. Este trabalho, focado no Distrito de Bragança, baseou-se na informação sobre a ocorrência de incêndios disponível de 1990 a 2015 (ICNF), na Carta dos solos e da aptidão da terra do NE de Portugal e na Carta europeia de perda de solo por erosão hídrica (JRC – Joint Research Centre, aplicando o modelo RUSLE2015), tratadas em sistema de informação geográfica. O trabalho visou quantificar a distribuição dos solos, da aptidão da terra e das condições de erosão nas áreas ardidas nos últimos 26 anos no Distrito de Bragança, NE Português. No período analisado o Distrito foi afetado por incêndios em 24% da sua área, queimando matos (70%) e floresta (20%). Os solos nestas áreas são maioritariamente delgados (Leptossolos, 90%), de aptidão nula ou marginal para usos agrícola (77% e 22%, respetivamente) e florestal (65% e 21%, respetivamente). A taxa de erosão média anual situa-se abaixo do tolerável (2 ton.ha-1). Apesar disso, e configurando um quadro de risco não negligenciável, encontram-se valores muito críticos em algumas zonas, com as classes de erosão acima do tolerável a representar 41% do Distrito de Bragança. Faz-se notar que a Carta de perda de solo por erosão hídrica da Europa (JRC) utilizada neste trabalho, nãoconsidera a existência de áreas ardidas no território cartografado.