Browsing by Author "Carneiro, Ana Caroline Mezomo"
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- Os instrumentos financeiros para reabilitação urbana: o caso do IFRRU 2020Publication . Milian, Eduardo; Carneiro, Ana Caroline Mezomo; Nogueira, Sónia P.A reabilitação urbana é uma estratégia de recuperação do patrimônio histórico e de regeneração urbana que ganhou destaque nas últimas décadas, principalmente nos países europeus. Atualmente, a reabilitação urbana é uma importante linha de atuação da política habitacional portuguesa, promovida através de inúmeras ações, dentre elas, o IFRRU 2020. O IFRRU 2020 é um instrumento financeiro, parte do planeamento estratégico Portugal 2020, que busca incentivar a reabilitação das edificações particulares, dentro de áreas delimitadas pelos municípios portugueses, as Áreas de Reabilitação Urbana (ARU). O instrumento reúne fundos comunitários, fundos nacionais e de bancos terceiros, e visa financiar obras de reabilitação e adaptação para melhorar a eficiência energética de edifícios com mais de 30 anos, sem especificar tipologias e usos finais. Os resultados apontam para uma aplicação mais significativa dos recursos do IFRRU 2020 nas regiões Norte e de Lisboa e uma predominância de pessoas coletivas privadas como beneficiárias desse instrumento.
- O rio e a cidade: análise de projetos de intervenção em fundo de vale em Curitiba (BR) e Bragança (PT)Publication . Carneiro, Ana Caroline Mezomo; Praça, Paulo; Polli, Simone AparecidaEsta dissertação versa sobre a relação entre os rios e as cidades construída a partir das intervenções urbanas nos fundos de vale, em diferentes contextos históricos e socioeconômicos. As transformações ocorridas nas cidades contemporâneas levaram a necessidade de mudanças quanto ao empreendimento de obras urbanas nas áreas de fundos de vale. Neste âmbito, surgem conceitos como o de Soluções Baseadas na Natureza (SBN), que buscam contribuir com a construção de ambientes urbanos mais saudáveis e com menos impacto no meio. A pesquisa tem por objetivo geral analisar a intervenção do Polis no Corredor Verde do Rio Fervença, em Bragança (Portugal), e a urbanização do Bolsão Audi-União, em Curitiba (Brasil), a fim de identificar a concepção e as estratégias de projeto adotadas, e se estas evoluíram em direção à construção de cidades mais sustentáveis e integradas aos rios urbanos, tomando o conceito de SBN como referência. Opta-se por uma análise qualitativa dos estudos de caso, a partir de descritores-chave. No caso português, a intervenção alcançou a valorização do Rio Fervença na paisagem, com resgate da memória e patrimônio histórico, promovendo a atratividade e a qualidade de vida urbana com a construção de um parque linear. O uso das SBN se deu para criar um espaço recreativo e atrativo em área verde urbana. As soluções para purificação e tratamento da água foram apenas convencionais e houve a artificialização das margens e do leito do rio em um trecho da intervenção, no entanto, a maior parte do seu leito foi mantido natural, contribuindo com a redução da canalização e artificialização do rio. No caso brasileiro, houve a urbanização de assentamento precário, promovendo a qualidade de vida da população e minimização dos riscos de inundação e da situação de precariedade socioambiental. Foram utilizadas SBN na macrodrenagem, com a construção de canais à céu aberto e bacias de retenção. A proteção de área de APP também pode ser vista como uma SBN, ao permitir a regeneração natural da vegetação ripária e das margens gradativamente. Foram utilizadas apenas soluções convencionais na infraestrutura de saneamento, e houve a construção de diques e canalização de pequenos meandros do rio para permitir a urbanização da área. Não houve tratamento paisagístico dos canais ou das áreas urbanas, nem a criação de espaços recreativos atrativos em meio a área verde. Na primeira, o rio foi reinserido na paisagem urbana, redescoberto pela população. Na outra, o rio e sua APP ficam “protegidos” do contato físico e visual da população. Apesar do discurso da sustentabilidade e das SBN serem algo presente na concepção dos projetos, no momento da implantação nem sempre essas soluções são priorizadas.
