Browsing by Author "Alves, Fernanda Zanella"
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- Estimativa do fator C da USLE e efeito do uso da terra no risco de erosão em áreas de montanha do nordeste de PortugalPublication . Alves, Fernanda Zanella; Figueiredo, Tomás de; Fonseca, Felícia; Ferreira, José Hilário DelconteA cobertura do solo pela vegetação e o manejo da terra são fatores que influenciam nos processos erosivos que são decorrentes de processos naturais, e que podem sofrer aumento ou redução por meio de ações antrópicas. Existem diferentes tipos de processos erosivos, porém a erosão hídrica é a que mais afeta o território da União Europeia, principalmente nas zonas de montanhas que são zonas mais sensíveis a ação da água, como é o caso do Nordeste de Portugal. A vegetação pode auxiliar na redução da perda de solo, já que absorve o impacto causado pela gota da chuva, reduz a velocidade de escoamento da água, etc. Por isso o objetivo deste estudo foi estimar o Fator C para os principais tipos de uso da terra no Nordeste de Portugal e analisar como o Fator C de cada cultura ou tipo de ocupação interfere na proteção do solo contra a erosão. A Universal Soil Loss Equation (USLE) é uma equação que foi desenvolvida para ser utilizada em planos de conservação. Esta equação é composta por 5 fatores, onde foi utilizado apenas o fator C que abrange o grau de proteção do solo pelo coberto vegetal e é estimado com base nas características da vegetação (copa, altura, cobertura do solo, efeito da raiz). Para isso foi utilizada cartografia prévia com classificação do uso do solo (COS2007), selecionando apenas as principais culturas do nordeste do país por meio de proporção de área ocupada pela classe de uso da terra, e após realizado a estimativa dos fatores C. No caso das culturas associadas a outros tipos de vegetação, utilizou-se um fator de ponderação nos fatores C já calculados anteriormente. Os valores de C médio e mediano foram estimados por Concelho e para o Distrito. Para a representação cartográfica de C, os valores obtidos para as classes da COS2007 foram divididos em classes que indicando o grau de proteção (muito alto, alto, médio ou baixo). Foram obtidos valores do fator C para aproximadamente 73% das classes de ocupação do solo com vegetação no Distrito, o que representa quase 92% da área total. Para a maioria das classes foram encontrados valores de C na bibliografia com exceção de três classes (Novas plantações, Outras formações lenhosas, e Vegetação esparsa). Apenas três classes de ocupação do solo apresentaram valores superiores a bibliografia (Pomares de frutos secos, Pomares de amendoeiras, Culturas temporárias de sequeiro). O apresentou Distrito grau de proteção do solo contra a erosão satisfatório. Quanto ao grau de proteção dos Concelhos (muito alto e alto), os que apresentaram um maior grau de proteção do solo foram Carrazeda de Ansiães (61%), Torre de Moncorvo (61%) e Vinhais (60%). Os Concelhos com grau de proteção baixa foram Miranda do Douro (35%), Mogadouro (42%), Mirandela (45%) e Vimioso (46%). Ao somar os graus de proteção muito alto, alto e médio, a proteção do solo contra erosão é mais alta nos Concelhos de Torre de Moncorvo (84%), Alfândega da Fé (79%), Vila Flor (79%) e Freixo de Espada à Cinta (78%). Os que tiveram menores e inferiores ao Distrito (70%) foram Miranda do Douro (63%) e Bragança (66%), o que significa que são os que apresentam maior risco de erosão do solo.
- Estimativa do fator C da USLE em Portugal continental: consequências da mudança na legenda da carta de ocupação do solo (COS) de 2007 para 2015Publication . Alves, Fernanda Zanella; Figueiredo, Tomás de; Fonseca, FelíciaO reconhecimento cartográfico das mudanças no uso do solo é importante para gestão do território, com vista à definição e implementação de estratégias eficazes de combate aos processos erosivos, degradação do solo e desertificação, entre outros. A USLE (Equação Universal de Perda de Solo) é um dos modelos mais comuns de estimativa de taxas de erosão, composto por 5 fatores, sendo um deles o fator C, que determina o grau de proteção do solo contra a erosão por uma vegetação específica. Foi objetivo deste trabalho realizar uma análise das mudanças na legenda da Carta de Uso e Ocupação do solo (COS) de 2007 para 2015 (níveis 2 e 5) e de como tal afeta a estimativa do fator C da USLE em Portugal Continental. Verifica-se uma redução muito acentuada no número de classes (255 na COS 2007 contra 48 na COS 2015, nível 5), já que nesta se agregam classes individualizadas na COS 2007. Está disponível uma tabela de correspondência entre as várias legendas. Como resultado dessas diferenças, há dificuldade acrescida em estimar o fator C de cada classe, face à diversidade de usos incluída na mesma unidade cartográfica. Para realizar a estimativa do fator C com base na COS 2007, tomaram-se as características do coberto vegetal dos tipos específicos de uso descritos para as classes do nível 5, impondo as correspondentes restrições de cálculo ao aplicar as equações da USLE. No caso da COS 2015, a estimativa do fator C de cada classe utilizou a tabela de correspondência entre as duas legendas (2007 e 2015). Assim, com os fatores C e a proporção de área das classes de 2007 foram determinados os fatores C para a COS 2015. Deste exercício foram excluídas as classes correspondentes a áreas não vegetadas. Foram encontrados valores do fator C para Portugal Continental mais elevados em 2015 do que em 2007. Todavia, como consequência das mudanças na legenda da COS 2007 para 2015 geram-se problemas de interpretação da evolução no grau de proteção do solo contra a erosão conferido pelo coberto vegetal.
- Incêndios florestais na região norte de Portugal: áreas ardidas, recorrência e classe de uso do solo afetadas entre 1990 e 2018Publication . Royer, Ana Caroline; Alves, Fernanda Zanella; Figueiredo, Tomás de; Fonseca, Felícia; Hernández, ZulimarOs incêndios florestais constituem reconhecida ameaça aos recursos dos territórios e o conhecimento do historial da distribuição espacial das ocorrências, da sua recorrência e da extensão das áreas afetadas por incêndios é elemento útil para a gestão do território, permitindo identificar áreas de risco e melhorar as ações de prevenção e mitigação dos impactos dos incêndios que ocorrem todos os anos em Portugal. O objetivo do trabalho foi o de analisar o historial de registos de ocorrência de incêndios, de áreas ardidas, de recorrência dos incêndios e do uso da terra anteriormente ao fogo. A área objeto de estudo foi a Região Norte (RN ) de Portugal Continental (NU TII), sendo a análise realizada até ao nível do Concelho, embora os resultados sejam apresentados ao nível da NUTIII. Seguindo metodologia anterior aplicada ao distrito de Bragança, as fontes de informação para a análise correspondem a dados publicados pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF): fontes estatísticas, cartografia e relatórios publicados. O período de análise compreendeu a série 1990-2018 (29 anos). Na RN, a maior área ardida foi registada no ano de 2015, com 140504 ha. No período analisado, o número de ocorrências registadas correspondeu aproximadamente a 64% do total registado no país e a cerca de 1/3 em termos de área ardida. Com relação ao uso da terra das áreas atingidas pelo fogo na RN, 49% correspondem a matos, 23% são povoamentos florestais e 9% são áreas agrícolas, diferente da ordem de classes de Portugal Continental (povoamento florestal > matos > uso agrícola). Em 29 anos, cerca de 70% da RN ardeu, com uma média anual de 39168 ha ardidos (2%). Em termos de recorrência, 676463 e 524869 ha foram afetados por mais de um e de dois incêndios, respetivamente, num total de área ardida de 1425892 ha e num total de área afetada de 749429 ha. As variações intrarregionais na RN são importantes, sendo o Douro a NUTIII que mais ardeu no período em análise.
- Mudanças na legenda da Carta de Ocupação do Solo (COS) de 2007 para 2015: consequências para a estimativa do Fator C da USLE em PortugalPublication . Alves, Fernanda Zanella; Figueiredo, Tomás de; Fonseca, FelíciaO reconhecimento cartográfico das mudanças no uso do solo é importante para gestão do território, com vista à definição e implementação de estratégias eficazes de combate aos processos erosivos, degradação do solo e desertificação, entre outros. A USLE (Equação Universal de Perda de Solo) é um dos modelos mais comuns de estimativa de taxas de erosão, composto por 5 fatores, sendo um deles o fator C, que determina o grau de proteção do solo contra a erosão por uma vegetação específica. Foi objetivo deste trabalho realizar uma análise das mudanças na legenda da Carta de Uso e Ocupação do solo (COS) de 2007 para 2015 e de como isso afeta a estimativa do fator C da USLE em Portugal. A partir das Carta de Uso e Ocupação do Solo dos anos 2007 e 2015 de Portugal Continental (Direção Geral do Território), nível 2 e nível 5, foram identificadas as mudanças ocorridas na legenda, estimado o fator C da USLE para cada classe e gerada cartografia sintética permitindo avaliar as consequências daquelas mudanças para as estimativas do fator C. Quanto às diferenças entre as legendas da COS 2007 e 2015, há uma redução muito acentuada no número de classes do nível 5 (255 contra 48), já que na COS 2015 se agregam classes individualizadas na COS 2007. Por exemplo, na COS 2015 a classe Olivais é o conjunto das classes Olivais, Olivais com vinha e Olivais com pomar da COS 2007. Como resultado dessas diferenças, há dificuldades acrescidas em estimar o fator C de cada classe, face à diversidade de usos incluída na mesma unidade cartográfica. Por outro lado, as Especificações Técnicas da COS de Portugal Continental para 1995, 2007 e 2010 são mais detalhadas do que para 2015, apenas existindo uma tabela de comparação entre 2007 e 2010 em relação a 2015. Para realizar a estimativa do fator C com base na COS 2007, tomaram-se as características do coberto vegetal dos tipos específicos de uso descritos para as classes do nível 5, impondo as correspondentes restrições de cálculo ao aplicar as equações da USLE. No caso da COS2015, a estimativa do fator C de cada classe utilizou a tabela de correspondência entre as duas legendas (2007 e 2015) e que, no essencial, mostra a agregação de classes da COS 2007. Assim, com os fatores C e a proporção de área das classes de 2007 foram determinados os fatores C para a COS 2015. Neste exercício, estimaram-se os valores de C para todas as classes do nível 5 da COS 2007 e da COS 2015 para Portugal Continental, excluídas as áreas não vegetadas. Como consequência das mudanças na legenda da COS 2007 para 2015, foram encontrados valores do fator C mais elevados em 2015 do que em 2007, o que gera problemas de comparabilidade temporal e avaliação das tendências de evolução no grau de proteção do solo contra a erosão conferido pelo coberto vegetal.