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Comunidade macrofĂșngica associada a Castanea sativa Mill. no Nordeste Transmontano

dc.contributor.authorBaptista, Paula
dc.contributor.authorMartins, Anabela
dc.contributor.authorTavares, Rui Manuel
dc.contributor.authorLino-Neto, Teresa
dc.date.accessioned2011-07-05T10:52:04Z
dc.date.available2011-07-05T10:52:04Z
dc.date.issued2005
dc.description.abstractNo Nordeste Transmontano, a cultura do castanheiro, Castanea sativa Mill., tem uma grande importĂąncia, econĂłmica, social, cultural e paisagĂ­stica. Esta espĂ©cie caracteriza-se por estabelecer associaçÔes simbiĂłticas com fungos do solo, resultando na formação de ectomicorrizas que, na sua maioria, sĂŁo produtoras de estruturas reprodutoras macroscĂłpicas, os macrofungos. Com o presente trabalho pretendeu-se por um lado conhecer a flora micolĂłgica associada ao castanheiro no Nordeste Transmontano, e por outro analisar a sua ocorrĂȘncia ao longo das diferentes estaçÔes do ano. A parte experimental do trabalho decorreu de Outubro de 2002 a Dezembro de 2004, num souto localizado na regiĂŁo de Bragança (UTM PG8937). Trata-se de uma parcela nĂŁo mobilizada, onde foram marcados cinco talhĂ”es de 100m2. Com uma periodicidade semanal, nos perĂ­odos de Outono e Primavera, e quinzenal, nos restantes perĂ­odos, procedeu-se Ă  colheita de todos os macrofungos que ocorreram nos talhĂ”es. Os exemplares recolhidos foram observados em laboratĂłrio e identificados atĂ© Ă  espĂ©cie ou ao gĂ©nero, quer atravĂ©s da observação e registo das caracterĂ­sticas macroscĂłpicas e microscĂłpicas, quer atravĂ©s de testes macro-microquĂ­micos. No decurso do trabalho foram identificadas 87 espĂ©cies de macrofungos pertencentes a 23 gĂ©neros, sendo os gĂ©neros Russula spp. e Inocybe spp. os mais representados. Neste estudo, observou-se uma clara dominĂąncia de espĂ©cies micorrĂ­zicas representando 85% do total de espĂ©cies encontradas. O maior nĂșmero de espĂ©cies, isto Ă© 68 pertencentes a 20 gĂ©neros, ocorreu durante o primeiro ano de amostragem (Outono de 2002). Neste perĂ­odo, os gĂ©neros mais representativos foram Russula spp. e Inocybe spp., com 13 espĂ©cies cada, seguindo-se-lhes Amanita spp. e Lactarius spp., com seis cada, Tricholoma spp. com cinco, e Boletus spp. e Cortinarius spp. com quatro espĂ©cies cada. A Ă©poca de frutificação descreve claramente uma curva gaussiana entre o final de Setembro e meados de Novembro, com o nĂșmero mĂĄximo de espĂ©cies (36), recolhido na segunda quinzena de Outubro. Neste ano, observou-se uma clara dominĂąncia de espĂ©cies micorrĂ­zicas que perfizeram 91% do total encontrado. Em 2003 registou-se um menor nĂșmero de espĂ©cies (50), que se distribuĂ­ram por 18 gĂ©neros, sendo os mais representados Russula spp., com 11 espĂ©cies, Inocybe spp., com nove, e Cortinarius spp. com cinco espĂ©cies. A frutificação Outonal ajusta-se a uma curva de Gauss, apresentado um nĂșmero mĂĄximo de espĂ©cies (27) na primeira quinzena de Novembro. Na Ă©poca de Primavera, apenas se registou a ocorrĂȘncia de espĂ©cies macrofĂșngicas na primeira quinzena de Junho. Cerca de 84% do total das espĂ©cies colhidas neste ano eram micorrĂ­zicas. Em 2004, devido provavelmente Ă s condiçÔes climĂĄticas, foi encontrado um reduzido nĂșmero de espĂ©cies macrofĂșngicas (18), distribuĂ­das por 10 gĂ©neros, sendo os mais representados Russula spp., com cinco espĂ©cies, e Inocybe spp., com trĂȘs. Contrariamente aos anos anteriores, a ocorrĂȘncia de espĂ©cies no perĂ­odo outonal nĂŁo se ajustou Ă  curva normal, ocorrendo praticamente o mesmo nĂșmero de espĂ©cies em todas as saĂ­das efectuadas durante esta estação (em mĂ©dia 2 espĂ©cies). Na Primavera a frutificação deu-se essencialmente durante o mĂȘs de Junho. A distribuição das espĂ©cies pelos grupos funcionais revela uma dominĂąncia dos macrofungos micorrĂ­zicos, perfazendo 94% do total. Numa anĂĄlise conjunta do perĂ­odo observado, verificou-se que os gĂ©neros Clitocybe spp., Entoloma spp. e Gyroporus spp. ocorreram apenas em 2002 e Calocybe spp. e Leotia spp. registaram-se somente em 2003. Pelo contrĂĄrio, os gĂ©neros Boletus spp., Cantharellus spp., Cortinarius spp., Hebeloma spp., Inocybe spp., Lactarius spp., Russula spp. e Tricholoma spp. surgiram ao longo dos trĂȘs anos de estudo.por
dc.description.sponsorshipTrabalho realizado no ùmbito do Projecto AGRO 689 "Demonstração do papel dos macrofungos na vertente agronómica, económica e ambiental no Nordeste Transmontano. Aplicação à produção de plantas de castanheiro, pinheiro e carvalho".
dc.identifier.citationBaptista, Paula; Martins, Anabela; Tavares, Rui Manuel; Lino-Neto, Teresa (2005). Comunidade macrofĂșngica associada a Castanea sativa Mill. no Nordeste Transmontano. In VII Congresso Luso-Galaico de Macromicologia. Macrofungos: Diversidade e Biotecnologia. Vila Realpor
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/10198/5746
dc.language.isoporpor
dc.subjectCastanea sativapor
dc.subjectMacrofungospor
dc.subjectDiversidadepor
dc.subjectAbundĂąnciapor
dc.subjectFenologia frutificaçãopor
dc.titleComunidade macrofĂșngica associada a Castanea sativa Mill. no Nordeste Transmontanopor
dc.typeconference object
dspace.entity.typePublication
oaire.citation.conferencePlaceUniversidade de TrĂĄs-os-Montes e Alto Douro, Vila Realpor
oaire.citation.titleVII Congresso Luso-Galaico de Macromicologia. Macrofungos: Diversidade e Biotecnologiapor
person.familyNameBaptista
person.familyNameMartins
person.givenNamePaula
person.givenNameAnabela
person.identifier.ciencia-id7D11-FE1E-CD0F
person.identifier.ciencia-id7B18-A810-6B93
person.identifier.orcid0000-0001-6331-3731
person.identifier.orcid0000-0001-6218-4413
person.identifier.ridG-5488-2013
person.identifier.scopus-author-id14051688000
person.identifier.scopus-author-id7203013518
rcaap.rightsopenAccesspor
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