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Evolução da produção e comercialização dos produtos tradicionais qualificados de origem caprina: 2003-2012
Publication . Cabo, Paula; Matos, Alda; Fernandes, António; Ribeiro, Maria Isabel
Em 2013 existiam aproximadamente 975 milhões de caprinos no mundo, um acréscimo de 19,5%, desde 2003. Contrariamente, o efetivo português decresceu mais de 10% no mesmo período e, em 2013, era apenas de 398 mil cabeças, das quais, 10% era composto por animais de raças autóctones.
Esta comunicação visa contribuir para o fomento da caprinicultura em Portugal, através do desenvolvimento e valorização dos produtos tradicionais de qualidade a ela associados. Para tal, analisa a evolução da produção e comercialização de produtos qualificados como Denominação de Origem Protegida (DOP) e Indicação Geográfica Protegida (IGP), obtidos a partir da cabra, designadamente, queijo e carne.
Metodologicamente, recorreu-se a dados secundários fornecidos pelo Gabinete de Planeamento e Políticas. A análise abarca um período de 10 anos: 2003 a 2012. O estudo engloba uma análise temporal da evolução de indicadores de produção e comercialização dos queijos e carnes, de caprino, certificados, individual e globalmente, incluindo a comparação com os referidos produtos sem certificação.
Em 2012, dos 17 queijos DOP, 4 não apresentavam produção certificada. Quanto à origem da matéria-prima animal, 3 incorporavam leite de cabra/ovelha e apenas 1 incorporava unicamente leite de cabra (Queijo de Cabra Transmontano DOP). Globalmente, o referido queijo sofreu numa perda global de volume 5,6%. Este facto afetou negativamente o seu valor, contudo, esse decréscimo foi parcialmente compensado pela subida no preço, pelo que, globalmente, o valor da produção cresceu 15%. Comparativamente ao queijo não certificado, até 2007, o preço de QCT era aproximadamente 33% superior àquele, contudo este diferencial reduziu-se fruto da maior valorização do queijo não certificado e, em 2012, era de apenas 15%.
Em 2012 existiam 6 carnes de caprino certificadas como DOP/IGP, mas apenas uma apresentava produção certificada. Isto traduziu-se numa perda global de volume de 75%, reforçada pelo decréscimo do preço médio em 5,8% das carnes, de caprino, certificadas.
Percepção, conhecimento e hábitos de compra de produtos gourmet da marca do distribuidor: O caso de Bragança, Portugal.
Publication . Ribeiro, Maria Isabel; Fernandes, António; Diniz, Francisco
Produtos gourmet são produtos de alta qualidade com origem e características específicas, produzidos
em pequenas quantidades com matérias-primas de qualidade, utilizando processos de produção diferenciados.
Este estudo visa analisar a percepção, o conhecimento e os hábitos de compra de produtos gourmet de marca
branca na cidade de Bragança, Portugal. Para o efeito, desenvolveu-se um estudo quantitativo, transversal,
observacional e descritivo baseado numa amostra acidental constituída por 1.101 indivíduos que foram
inquiridos através de um questionário de autopreenchimento. A recolha de dados decorreu durante o mês de
junho de 2014 em lojas do sector da distribuição localizadas na cidade de Bragança. Os dados foram editados
e tratados com o SPSS 22.0 (Statistical Package for Social Sciences). Calcularam-se estatísticas descritivas,
nomeadamente, frequências absolutas e relativas. Segundo os consumidores, os produtos gourmet são produtos
de qualidade feitos com bons ingredientes e, por conseguinte, são produtos caros e requintados. A maioria
dos inquiridos (60,0%) tinha comprado um produto gourmet no ano anterior à pesquisa, num hipermercado
(93,1%). No entanto, os consumidores compraram produtos gourmet com pouca frequência, menos de uma vez
por mês (28,7%). Os produtos gourmet adquiridos eram, maioritariamente, da marca do distribuidor (86,8%).
A marca Gourmet Continente (84,8%) revelou ser a marca mais conhecida. Apesar disso, apenas 60,9% tinha
comprado produtos dessa marca. Os resultados sugerem que a cultura gourmet está presente no quotidiano
dos consumidores brigantinos. No entanto, estes consumidores compram produtos gourmet com a marca do
distribuidor o que lhes permite adquirir produtos de alta qualidade ao menor preço possível.
A fileira do mel em Portugal: produção e mercados
Publication . Cabo, Paula; Matos, Alda; Ribeiro, Maria Isabel; Fernandes, António
O desaparecimento das abelhas tem originado uma crescente preocupação com a sustentabilidade da atividade apícola, captando a atenção de diversas áreas de investigação, pelos seus efeitos em todo o ecossistema terrestre. Particularmente, a apicultura é uma atividade crucial para o futuro da agricultura e do mundo rural, em geral, como fonte de rendimento e emprego, e, em especial, pelo papel que desempenha, para a natureza e a segurança alimentar, na polinização de espécies nativas e cultivos agrícolas. De facto, cerca de 75% da produção mundial de alimentos depende da polinização, estando mais de 30% desta a cargo das abelhas (Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral - GPP, 2016), pelo que a importância da apicultura ultrapassa, em muito, o valor da sua produção direta: mel, cera, pólen, própolis, geleia real e enxames. O mel, enquanto principal produção apícola direta, constitui uma atividade estratégica tendo em vista um aproveitamento integrado e economicamente sustentável do espaço rural nacional (GPP, 2016).
Também, cultura atual de um estilo de vida saudável, incluindo o consumo de produtos naturais, originou alterações da procura, motivada pelos efeitos benéficos para a saúde do consumo de produtos da colmeia.
Produção e mercados dos produtos tradicionais portugueses de origem ovina: 2003-2012
Publication . Cabo, Paula; Matos, Alda; Ribeiro, Maria Isabel; Fernandes, António
Este trabalho visa contribuir para o desenvolvimento da ovinocultura em Portugal baseado em produtos de elevado valor acrescentado, ou seja, em produtos tradicionais de qualidade. Neste sentido, analisa a produção e comercialização de produtos qualificados com Denominação de Origem Protegida e Indicação Geográfica Protegida, provenientes de ovinos (queijo e carne), com base em fontes documentais. O estudo engloba uma análise temporal (2003-2012) de indicadores de produção e comercialização de queijos e carnes certificados e sua comparação com produtos similares. Os resultados evidenciam a relevância decrescente das carnes qualificadas de borrego relativamente à produção nacional. Todavia, globalmente, os produtores mostraram ser capazes de explorar a mais-valia da certificação por via do diferencial dos preços. As carnes foram comercializadas pelos agrupamentos de produtores, para os mercados locais/regionais e nacional, preferencialmente para os médios e grandes supermercados. Relativamente ao queijo de ovelha, verificou-se, em média, um diferencial de 23% entre os preços dos produtos certificados e similares, a favor do produto certificado. Os queijos de ovelha eram maioritariamente comercializados pelos produtores, para os médios e grandes supermercados, no mercado nacional. Os resultados demonstram a importância do associativismo no desenvolvimento da atividade e evidenciam a necessidade de melhorar a estratégia de comunicação de marketing e de aumentar o poder negocial dos criadores e produtores.
Fatores diferenciadores do potencial empreendedor dos estudantes da Escola Superior Agrária de Bragança
Publication . Ribeiro, Maria Isabel; Fernandes, António
Do ponto de vista económico, um empreendedor é um indivíduo que está motivado para ser inovador, é agente de mudança e de criação de riqueza, acrescenta valor aos recursos e a outros ativo sendo encarado como uma pessoa que sabe identificar as oportunidades de negócio e os nichos do mercado.
Este estudo é do tipo cross-section e teve como objetivo identificar fatores diferenciadores do potencial empreendedor em 50 estudantes da Escola Superior Agrária de Bragança. Para a recolha de dados foi utilizada a escala Entrepreneurial Potential Indicator. A maioria era do género feminino (78%); tinha 22 ou mais anos (56%), estudava em regime ordinário (84%); era proveniente da região Norte (84%), vivia em meio urbano (52%) e frequentava o 1º ciclo de estudos (82%). Mais de metade dos inquiridos apresentou competências empreendedoras (66%). Os fatores de capital humano, nomeadamente, o regime de frequência, ano e ciclo de estudos, mostram não estar associados ao potencial empreendedor. O mesmo resultado foi obtido tendo em conta os fatores sociodemográficos. Contudo, os resultados revelaram a existência de uma relação de causa e efeito entre as características “Propensão ao risco” e “Autocontrolo” e o potencial empreendedor. Todas as dimensões consideradas designadamente, Autoconfiança, Necessidade de realização, Autocontrolo, Tolerância à incerteza, Propensão ao risco e Inovação, mostraram estar positiva e fortemente correlacionadas com o potencial empreendedor, embora, se tenham destacado como fatores determinantes, o Autocontrolo e a Propensão ao risco, caraterísticas que explicam 92,9% do potencial empreendedor dos estudantes. Esta situação poderá ser melhorada através de ações de formação que permitam desenvolver competências ao nível do planeamento e da tomada de decisão no sentido de facilitar a elaboração de planos de ação e a tomada de decisões racionais e, consequentemente, promover a procura de atividades novas ou novas formas de desenvolver as atividades já existentes.
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Fundação para a Ciência e a Tecnologia
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5876
Funding Award Number
UID/SOC/04011/2013