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The volatile composition of Portuguese propolis towards its origin discrimination
Publication . Falcão, Soraia; Freire, Cristina; Figueiredo, Ana Cristina; Vilas-Boas, Miguel
The volatiles from thirty six propolis samples collected from six different geographical locations in Portugal (mainland, Azores archipelago and Madeira Island) were evaluated. Populus x canadensis Moenchen leaf-buds and Cistus ladanifer L. branches essential oils were comparatively analysed. The essential oils were isolated by hydrodistillation and analysed by Gas Chromatography (GC) and Gas Chromatography-Mass Spectrometry (GC-MS). Cluster analysis based on propolis samples volatiles chemical composition defined three main clusters, not related to sample site collection. Cluster I grouped 28 samples with high relative amounts of oxygen-containing sesquiterpenes (20-77%), while cluster II grouped 7 samples rich in oxygen-containing monoterpenes (9-65%) and the only sample from cluster III was monoterpene hydrocarbons rich (26%). Although Populus x canadensis and Cistus ladanifer were associated as resin sources of Portuguese propolis, other Populus species as well as plants like Juniperus genus may contribute to the resin in specific geographical locations.
Identificação de sinais químicos envolvidos na infestação de Apis mellifera por Varroa destructor
Publication . Falcão, Soraia; Lima, Ana Sofia; Vilas-Boas, Miguel
A Varroa destructor é um ácaro ectoparasita da abelha melífera e agente causal da varroose, doença que pode levar à morte das abelhas. Sendo parasitas, estes ácaros requerem larvas imaturas de abelhas para garantir a procriação e abelhas adultas para a sua sobrevivência. Durante uma fase especifica do seu desenvolvimento, as larvas de abelhas produzem semioquímicos voláteis que estimulam as abelhas obreiras a fechar os favos com criação. Ao mesmo tempo estes mesmos compostos atraem os ácaros de Varroa a infestarem as larvas, escondendo-se no seu alimento até o favo ser fechado. Desta maneira, os sinais químicos emitidos pelas abelhas podem ser explorados de forma a orientar ou desorientar o ácaro e assim interferir com a sua fase de reprodução. O objetivo deste trabalho foi avaliar e identificar os principais semioquímicos emitidos pelas larvas de abelha antes da operculação dos favos de criação. Para isso, foram recolhidos por microextração em fase sólida (SPME), os volatéis emitidos por larvas de zangão e obreiras em diferentes fases de desenvolvimento. A amostragem foi efetuada por dois processos distintos: ex-situ, retirando um determinado número de larvas para um frasco fechado e in-situ, em que a recolha foi efetuada diretamente no quadro com criação para reduzir o sfress das larvas. A análise dos voláteis recolhidos por GC-MS permitiu a identificação de terpenoides como y-terpineno, a-pineno, eucaliptol, p-ocimeno, 3-careno, limoneno, longifoleno, ácidos carboxílicos como o ácido hexanóico, ácido octanóico e ácido nonanóico, aldeídos como o octanal, nonanal e decanal, álcoois como 2-etil-hexan-l-ol e o álcool benzílico, ácidos fenilpropanóicos como o benzoato de metilo e hidrocarbonetos aromáticos como o o-cimeno. A quantidade dos voláteis identificados apresentou variabilidade dependendo dos diferentes estados larvares, verificando-se uma maior concentração de P-ocimeno nas primeiras fases. Após a análise dos voláteis emitidos pelas larvas, foi possível identificar semioquímicos (benzoato de metilo, decanal, ácido octanóico, ácido hexanóico, (3- ocimeno e 3-careno) potencialmente envolvidos no mecanismo de atração da Varroa e infestação das larvas. Para se confirmar este comportamento efetuaram-se bioensaios de comportamento da Varroa em placas de petri perante a presença de duas abelhas obreiras, tendo-se verificado em algumas situações um efeito de dose-resposta repelente e noutras um efeito atrativo. Apesar destes resultados promissores, serão necessários mais estudos ao nível dos órgãos receptores da Varroa de modo a entender melhor os mecanismos de acção destes potenciais sinalizadores químicos responsáveis pela infestação do ácaro.
Óleos essenciais: uma solução para o controlo da Varroa?
Publication . Lima, Ana Sofia; Vilas-Boas, Miguel; Figueiredo, Ana Cristina
O ácaro Varroa destructor, assim como os vírus que transmite, constituem a maior ameaça da história do sector apícola mundial. Este parasita beneficia de condições favoráveis do ambiente da colónia para o seu próprio desenvolvimento e reprodução, debilitando a abelha e a colmeia, tornando-a mais suscetível a outras doenças [1]. A Varroa tem vindo a desenvolver mecanismos de resistência a alguns dos tratamentos acaricidas disponíveis no mercado, e estes acaricidas levam à acumulação de resíduos químicos nos produtos da colmeia. Para minimizar os resíduos e reduzir os custos associados à sanidade da colmeia, a utilização de fitoacaricidas, e em particular os óleos essenciais (OEs), surgem como uma alternativa atrativa para o tratamento e controlo sustentável da Varroa. No decorrer dos últimos 4 anos avaliouse a bioatividade de diversos OEs isolados de algumas espécies da flora portuguesa tais como tomilhos, lavanda, erva-príncipe, arruda, entre outras. Utilizando o método de exposição completa [2], foram realizados bioensaios de atividade acaricida dos OEs contra a Varroa e avaliada a sua toxicidade em abelhas adultas e emergentes (≤ 24h de vida), provenientes de colónias altamente infestadas com o ácaro. Testaramse 6 concentrações de OEs (0,25% a 7,5%, v/v) em condições controladas de temperatura e humidade relativa, e observou-se o efeito após 6, 12, 24 e 48h. Em simultâneo foram realizados, nas mesmas condições, brancos, controlos negativos e positivos, utilizando água, solvente e timol, respetivamente. O procedimento de avaliação dose-resposta de OEs estabelece uma eficácia de mortalidade das Varroas superior a 80% para que a atividade acaricida seja considerada ótima, registando em simultâneo uma baixa toxicidade nas abelhas adultas (<20%) [3]. Neste princípio, dos OEs avaliados, pelo menos seis mostraram com uma boa eficácia acaricida em abelhas adultas, registando valores de LC50 entre 0,04% e 2,39%, após 48h de ensaio. Adicionalmente, não se verificaram diferenças significativas entre os brancos e os controlos negativos (ANOVA: F(1, 6)=0,04; p=0,848), pelo que o potencial acaricida registado se pode atribuir efetivamente aos compostos voláteis dos OEs, tais como hidrocarbonetos monoterpénicos, monoterpenos oxigenados e fenilpropanóides. No entanto, quase todos os OEs testados revelaram ser letais para as abelhas emergentes, o que poderá dever-se ao seu estado de desenvolvimento fisiológico incompleto. Atualmente, estão a ser consideradas diferentes formulações acaricidas com os 6 OEs para posteriores ensaios de campo, abrindo portas a um potencial tratamento de inverno.

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Fundação para a Ciência e a Tecnologia

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PTDC/CVT-EPI/2473/2012

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