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- Caraterísticas das mulheres que abortamPublication . Correia, Teresa I.G.; Borges, Amandina; Martins, MatildeA gravidez humana é um processo seletivo, onde a taxa estimada de perdas na fase pré-clínica ronda os 25 a 30%, antes da implementação ou precocemente após esta. Seguindo o envelhecimento populacional, os estudos revelam que a idade média das mulheres ao primeiro filho tem vindo a aumentar, sobretudo nos países industrializados, acrescentando o risco de complicações maternas, fetais e obstétricas. Estima-se que o abortamento ocorra em 14 a 19%, da população mundial tratando-se de uma preocupação de Saúde Pública. Descrever as caraterísticas sociais, demográficas e reprodutivas das mulheres internadas com abortamento espontâneo numa unidade de saúde do Norte de Portugal. Estudo epidemiológico transversal retrospetivo, realizado entre 2010 a 2012, com uma amostra constituída por 122 processos clínicos. Para a recolha de informação, foi utilizada uma checklist, elaborada segundo os requisitos da Ordem dos Enfermeiros. A colheita de informação foi realizada, entre janeiro e fevereiro de 2013, no arquivo da instituição. Os dados foram inseridos e tratados no programa Statistical Package for Social Sciences. Foi conseguida autorização do Conselho de Administração e obtido parecer favorável da Comissão de Ética. Os processos foram consultados garantido o anonimato e confidencialidade dos dados. A prevalência de abortamento foi mais frequente nas mulheres com idade superior a 30 anos, 60,6%, casadas, 75,4%, com 12 anos ou menos de escolaridade, 68,9%, que viviam em zonas urbanas, 64,8%, e com uma profissão remunerada, 61,5%. Quanto às caraterísticas reprodutivas, aproximadamente metade das mulheres 42% eram primigestas, 75,4% não tinham tido abortamentos anteriores, eram mães de mais de um filho, 53,3%, o episódio atual de abortamento ocorreu antes das 12 semanas de gestação, 66%, e o tempo de permanência no hospital aquando do abortamento foi de um dia, 86%. Em relação à forma clínica de abortamento, 26% foi completo, 20% incompleto e nas restantes mulheres foi retido, 54%. Cerca de 80% destas mulheres tiveram problemas de saúde decorrentes da gravidez atual, verificando-se as hemorragias em 49%, hemorragias associadas a algias em 20% e situação de morte fetal em 30%. A grande parte destas mulheres, 83%, não obteve orientações de Enfermagem, sobre a sua recuperação, durante o período de internamento. Perante este perfil é indispensável o acesso à saúde dirigida para a saúde sexual e reprodutiva, sobretudo para as mulheres mais velhas e com menor escolaridade. A permanência hospitalar destas mulheres foi de apenas um dia o que parece ser insuficiente para a realização de orientações específicas de Enfermagem com vista à recuperação. O conhecimento do perfil das mulheres que sofrem abortamento espontâneo é importante para fornecer evidência científica para intervenções de educação/promoção da saúde sexual e reprodutiva. A elaboração de protocolos de acolhimento e orientação pode potenciar a saúde das mulheres/família durante o processo de abortamento e pós-abortamento.
- Perfil epidemiológico dos acidentes de trabalho nos enfermeiros de uma unidade hospitalar do norte do país.Publication . Martins, Matilde; Correia, Teresa I.G.Os profissionais de Enfermagem, por inerência da profissão que desempenham, constituem um grupo de risco para os acidentes de trabalho. As actividades que desenvolvem requerem grande proximidade física com o paciente, manipulação de materiais perfurocortantes, de fluidos corporais, num ambiente de dor e sofrimento lidando frequentemente com a morte. Assim, os Enfermeiros ficam expostos a vários factores de risco: físicos, químicos, mecânicos, biológicos, ergonómicos e psicossociais, que podem comprometer a sua saúde e facilitar a ocorrência de acidentes de trabalho.Descrever o perfil epidemiológico dos acidentes de trabalho nos profissionais de enfermagem de uma unidade hospitalar do norte do país entre 2007-2009. Analisar a associação entre de acidentes de trabalho e absentismo laboral. Contribuir para a educação em saúde ocupacional nos enfermeiros.Estudo epidemiológico transversal retrospectivo, referente ao período de 1 de Janeiro de 2007 a 31 de Dezembro de 2009. Definiram-se como critérios de inclusão, ser enfermeiro e ter acidente de trabalho notificado. A informação foi obtida recorrendo ao registo de notificação dos acidentes de trabalho da DRHS e à ficha de registo no Serviço de Urgência. A recolha de dados foi realizada após autorização do Conselho de Administração durante o mês de Janeiro de 2011, nos dias úteis entre as 9:00 e as 17:00 horas no serviço de recursos humanos. Resultados: Foram notificados 66 acidentes de trabalho em enfermeiros, houve uma diminuição ao longos dos três anos de (37,9%) para (27,3%). A maior prevalência verificou-se no sexo feminino (90%), no grupo etário 50-54 anos (25,8%), a praticar horário por turnos (95,5%) e a trabalhar nos serviços de urgência (22,7%) e medicina (21,2%). O dia da semana mais acidentado foi a segunda-feira (27,3%), a distribuição ao longo do ano mostrou menor incidência nos meses de verão e maior no mês de Janeiro (15,2%). Em média os acidentes ocorreram às 13, 9 horas, 36,4% ocorreu entre 1ª e 3ª hora após o inicio do turno e 31,8% no 3º dia de trabalho após descanso semanal. As principais causas do acidente foram a picada de agulha (42,4%) e os esforços excessivos (18,2%) o que teve como consequência as feridas (48,5%) e entorses/distensões (24%). Atingiram maioritariamente as mãos (51,5%) e o tronco (17%), resultaram em incapacidade 22,5%, e perderam-se em média 10 dias de trabalho. Os acidentes mais frequentes nos enfermeiros são os provocados por material perfurocortante e por esforços excessivos. Prevalecem os acidentes no sexo feminino, na faixa etária mais idosa, nos serviços que exigem maior rapidez na actuação/decisão e maior esforço físico para cuidar dos pacientes.Evidencia-se a criação de estratégias dirigidas a estes profissionais, visando a prevenção de acidentes em meio hospitalar, como: implementação de programas contínuos de educação para a saúde laboral, monitorização e sensibilização dos enfermeiros para a necessidade de imunizações periódicas especificas, disponibilização EPI e de mobilização de paciente, entre outras, visando garantir ambientes de trabalho seguros e saudáveis.
- Repercussões económicas dos acidentes de trabalho numa unidade hospitalarPublication . Martins, Matilde; Rodrigues, Urbano; Correia, Teresa I.G.As repercussões económicas com os acidentes de trabalho são elevadas em qualquer setor de atividade. Alguns estudos, realizados na União Europeia, referem encargos com a sinistralidade laboral superiores a 4% do Produto Interno Bruto (PIB), resultando numa enorme carga económica para os indivíduos, as empresas, as famílias e a sociedade em geral. Portugal, em 2011, apresentava um valor de 5,9% do PIB, gastando com os acidentes de trabalho seis milhões e quinhentos mil euros. Quantificar os encargos dos acidentes de trabalho numa unidade hospitalar pública de média dimensão durante cinco anos. Identificar as variáveis com maiores repercussões económicas. Estudo transversal retrospetivo, constituído por 164 trabalhadores que, entre 2006-2010, tiveram acidente de trabalho notificado numa unidade hospitalar portuguesa de média dimensão. A recolha de dados foi realizada durante os meses de janeiro e fevereiro de 2012 no serviço de recursos humanos, através dos registos no processo de notificação dos acidentes, dos boletins de participação dos acidentes e da ficha do serviço de urgência, após autorização do Presidente do Conselho de Administração. Os dados foram inseridos e analisados em programa SPSS® pelo número de identificação respeitando a confidencialidade. Nos 5 anos em análise, registaram-se 164 acidentes, ascendendo os encargos totais a 342 747,80¤. Em média cada acidente acarretou um encargo de 2 089,80¤, variando entre um mínimo de 3,00¤ e um máximo de 87 855,00¤. As variáveis que registaram associação estatisticamente significativa com os encargos foram, o grupo profissional (p=0,048), a parte do corpo atingida (p=0,002), a ação da lesão (p=0,031), os exames auxiliares de diagnóstico (p=0,000), o agente da lesão (p=0,001) e os dias de trabalho perdidos (p=0,000). A maior média de encargo verificou-se no grupo profissional dos médicos com 7 605,60¤, nos trabalhadores com mais de 10 anos de tempo de serviço com 2 238,85¤, nos acidentes in itinere com 17 996,07¤, nos acidentes por esforços excessivos/movimentos inadequados com 6 501,96¤, nas luxações com 7 932,63¤ e nos que atingiram a cabeça com 9 633,58¤. Ocorreram 7 (4,3%) situações de indeminização com encargos na ordem de 222 024,75¤. Os resultados evidenciaram elevados encargos decorrentes de acidentes de trabalho, numa instituição de saúde pública de média dimensão (342 747,80¤). O grupo profissional, a parte do corpo atingida, o agente de lesão e a ação da lesão aumentaram significativamente os encargos totais dos acidentes. Além das repercussões económicas, os acidentes de trabalho apresentam também repercussões sociais, profissionais, morais e familiares, muitas vezes, difíceis de contabilizar. A eliminação ou minimização deste flagelo passa, em primeiro lugar, pela avaliação dos riscos de acidente de trabalho nas instituições de saúde seguida da implementação de medidas preventivas e corretivas.
- Acidentes de trabalho em auxiliares de ação médica nas Instituições Públicas de Saúde PortuguesasPublication . Martins, Matilde; Barbiéri, Maria do Céu; Correia, Teresa I.G.Nas instituições de saúde trabalham inúmeras pessoas com profissões que enquadram diferentes condições de trabalho e que envolvem a exposição a vários fatores de natureza profissional, relacionados ou não com a prestação direta de cuidados. A evidência científica tem demonstrado que nestas instituições, os acidentes mais graves são mais frequentes nos trabalhadores que auferem menores salários, como auxiliares de ação médica, trabalhadores de lavandaria, cozinha ou os de serviços de apoio. Caraterizar os acidentes de trabalho nos auxiliares de ação médica. Identificar as principais causas e repercussões dos acidentes de trabalho nos auxiliares de ação médica. Estudo transversal retrospetivo. Definiram-se como critérios de inclusão ter acidente de trabalho notificado entre 2009-2010 e pertencer ao grupo profissional dos Assistentes Operacionais (Auxiliar de Ação Médica). A amostra ficou constituída por 3903 trabalhadores. A informação foi obtida através dos registos, anónimos, em base de dados em programa Excel® da Administração Central do Serviços de Saúde, após autorização do presidente da Instituição. Os dados foram selecionados, transportados e analisados, pelo número de identificação, no programa informático Statistical Package for Social Sciences versão 21.0 para Windows respeitando a confidencialidade. Do total de 3903 acidentes 2014 (51,5%) verificaram-se no ano de 2010 e 1676 (42,9%) na ARS Lisboa e Vale do Tejo. Foi mais acometido o género feminino 3363 (86,2%), o grupo etário 50-54 anos 679 (17,5%), os trabalhadores com escolaridade até ao 9º ano 3058 (78,3%) e os que possuíam tempo de serviço superior a 10 anos 1 781 (45,6%). Nos serviços de internamento registaram-se 1326 (34,0%) acidentes, realçando-se o serviço de medicina com 378 (9,4%) e média ocorreram às 12,05 horas. A ação da lesão mais frequente foi a queda do trabalhador 1 122 (28,7%) seguida dos esforços excessivos/movimentos inadequados 1 016 (23,0%). O tipo de lesão mais prevalente foi o entorse/distensão 875 (32,4%) e a parte do corpo mais atingida foi as mãos 1 052 (27,0%). Resultaram em absentismo laboral 2066 (52,9%), perderam-se 72956 dias de trabalho correspondendo a uma média de 34,2 dias. Neste estudo observou-se alta frequência de acidentes de trabalho no género feminino, em pessoas mais velhas, com baixo nível de escolaridade, por quedas, por entorses/distensões provocando elevado absentismo laboral. Sugere-se a implementação de estratégias de intervenção e monitorização, por parte dos serviços de saúde ocupacional e alterações organizacionais, no local de trabalho, adequando as condições de trabalho às características e circunstâncias de vida destes trabalhadores bem como às exigências das suas tarefas, com o objetivo de diminuir os acidentes de trabalho. Evidencia-se a escassez de estudos epidemiológicos e o desenvolvimento de políticas promotoras da saúde laboral neste grupo profissional.