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- Higiene oral: uma atividade de promoção da saúde com crianças do 1.º ciclo do ensino básicoPublication . Mafra, Paulo; Lima, Nelson; Carvalho, Graça S. deÉ reconhecido por vários autores que o ensino experimental das ciências desenvolve na criança capacidades manipulativas e de raciocínio, permitindo um melhor conhecimento do mundo que a rodeia, possibilitando o desenvolvimento de competências em áreas curriculares para além das ciências. Neste estudo pretendeu-se que as crianças compreendessem que o ato de lavar os dentes reduz significativamente a quantidade de bactérias existentes na boca contribuindo, desta forma, para reduzir a possibilidade de virem a desenvolver futuramente cáries dentárias. Para o efeito, trabalhou-se com uma turma de 16 alunos do 4.º ano de escolaridade (9-10 anos) de uma escola de Bragança, centrando-se em duas questões problema. Questão-Problema 1: Os teus dentes têm micróbios? Questão-Problema 2: Porque devemos lavar os dentes depois das refeições? Para obter resposta à primeira questão, recorreu-se à observação microscópica de uma amostra de placa dentária das crianças; para a segunda questão foram usadas placas de Petri inoculadas com placa dentária quer antes quer depois da lavagem dos dentes. O protocolo experimental, que serviu de guia e registo, apresentava a seguinte tipologia: a) “Questão-problema” – questão inicial que se queria ver respondida no final da atividade; b) “Antes da experiência” – onde os alunos registaram as suas previsões; c) “Experiência” – espaço com os procedimentos a seguir e onde os alunos registaram as suas observações; d) “Depois da experiência” – onde fizeram uma reflexão acerca das observações realizadas, comparando-as com as previsões iniciais, assim como o registo das respostas às questões-problema. Os resultados mostraram que os alunos (i) distinguiram o nível microscópico das bactérias individuais e o nível macroscópico das colónias bacterianas, (ii) reconheceram a eficácia do processo de lavagem dos dentes para a redução de microrganismos da boca, bem como (iii) compreenderam a sua importância para a prevenção da cárie dentária. Concluímos assim, que esta atividade sobre microbiologia pode ajudar as crianças, logo nos primeiros anos de escolaridade, através de uma forma autónoma e responsável, a entenderem as implicações da higiene oral, não como uma simples regra a ter de ser cumprida, mas também, e principalmente, como um comportamento de prevenção da cárie dentária.
- Microbiologia no 1.º CEB: uma proposta de atividade experimental sobre higiene oralPublication . Lima, Nelson; Carvalho, Graça S. de; Mafra, PauloCom o objetivo de promover o ensino da microbiologia no 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) apresenta-se uma proposta de atividade experimental sobre o tema higiene oral. Seguindo um modelo construtivista, pretende-se que as crianças compreendam que o ato de lavar os dentes reduz significativamente a quantidade de bactérias existentes na boca contribuindo, desta forma, para reduzir a probabilidade de virem a desenvolver futuramente cáries. Esta atividade prática aplicou-se a uma turma de 16 alunos de Bragança que frequentavam o 4.º ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) e centrou-se em duas questões problema. Questão1: Os teus dentes têm micróbios?; Questão2: Porque devemos lavar os dentes depois das refeições? Para obter resposta à Questão1 recorreu-se à observação microscópica de uma amostra de placa dentária das crianças. Já para a Questão2 foram usados meios de cultura contaminados antes e depois da lavagem dos dentes. O procedimento experimental, que serviu de guia e registo, apresentou a seguinte tipologia: “Questão-problema”, questão inicial que se queria ver respondida no final da atividade; “Antes da experiência”, onde os alunos registaram as suas previsões; “Experiência”, espaço com os procedimentos a seguir e onde os alunos registaram as suas observações; “Depois da experiência”, onde fizeram uma reflexão acerca das observações realizadas, comparando-as com as previsões iniciais, assim como o registo das respostas às questões-problema. Os resultados mostram que os alunos passaram a reconhecer que têm micróbios na boca e que estes são os potenciais responsáveis pelo aparecimento das cáries dentárias. Verificaram também a eficácia do processo de lavagem dos dentes. Concluimos, desta forma, que esta atividade sobre microbiologia poderá ajudar as crianças, logo no 1.º CEB, através de uma forma autónoma e responsável, a entender a razão que leva ao aparecimento das cáries e o modo como as podem evitar. Consequentemente, espera-se que o ato de lavar os dentes não seja associado apenas a um comportamento socialmente correto ou a uma simples norma a cumprir.
- Os microrganismos no 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico: abordagem curricular, conceções alternativas e propostas de atividades experimentaisPublication . Mafra, Paulo; Lima, NelsonOs microrganismos no 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico: abordagem curricular, conceções Alternativas e propostas de atividades experimentais O presente estudo debruça-se sobre o tema “microrganismos” e direciona-se ao 1.º e 2.º Ciclos do Ensino Básico (CEB). Tem como finalidade criar e aplicar um conjunto de atividades experimentais para o ensino de conteúdos de microbiologia, inseridos na área de Estudo do Meio, valorizando o ensino experimental das ciências no 1.º CEB. Para o efeito, o trabalho divide-se em três grandes partes que se encontram interligadas. Na primeira, analisa-se a abordagem de conteúdos relacionados com os microrganismos nos programas e manuais do 1.º e 2.º CEB, nas áreas de Estudo do Meio e de Ciências da Natureza, respetivamente, procurando saber o tipo de abordagem realizada, a importância dada ao tema, assim como os conteúdos relacionados e os momentos onde podem ser explorados. Na segunda parte do estudo faz-se um levantamento das conceções alternativas relativamente aos microrganismos, que os alunos trazem para a sala de aula no final do 1.º e 2.º CEB. Na terceira, e última parte, aplica-se uma intervenção educativa em alunos do 4.º ano de escolaridade, com um conjunto de atividades experimentais acerca dos microrganismos e verifica-se a mudança conceptual relativamente ao tema. Para o desenvolvimento deste estudo, definiram-se a priori quatro parâmetros de análise que tiveram presentes ao longo das três fases da investigação: i) microrganismos e o mundo vivo; ii) microrganismos e alimentos; iii) microrganismos e saúde; iv) microrganismos na indústria, tecnologia e ambiente. Relativamente às técnicas e instrumentos de recolha de dados, na primeira fase, optou-se por um estudo exploratório tendo-se realizado uma análise de conteúdo, utilizando grelhas de análise e recorrendo a categorias definidas a priori. Na segunda fase, utilizou-se um questionário com categorias definidas a priori para a análise de questões fechadas e categorias definidas a posteriori para a análise de desenhos. Por sua vez, na terceira fase foi realizado um estudo do tipo descritivo, obedecendo a um desenho de investigação pré experimental, tendo sido aplicado um questionário pré-teste e pós-teste a um grupo de alunos com a realização de uma intervenção experimental a meio. Os dados analisados revelam que os microrganismos, ao nível do 1.º CEB, não são abordados, ou são abordados de forma incompleta, não sendo considerados como pertencentes ao mundo vivo. A ausência desta temática no programa do 1.º CEB implica que o tema não surja estruturado nos respetivos manuais escolares. Existem, no entanto, alguns momentos, raros, em que os microrganismos são referenciados. Estes surgem em contextos exclusivamente relacionados com a doença e a poluição, prevalecendo uma conotação negativa. Este aspeto é reforçado no 2.º CEB, em que o tema surge nos programas e manuais de forma explícita, no entanto, com uma clara distinção dada à conotação negativa, ficando, para segundo plano, os aspetos relacionados com o papel benéfico e importante dos microrganismos na natureza. Identificaram-se, igualmente, secções nos programas do 1.º e 2.º CEB onde os microrganismos poderiam ser abordados, no sentido de promover um ensino mais coerente e completo no que diz respeito a esta temática. A maioria das crianças traz para a sala de aula ideias acerca dos microrganismos reveladoras de uma visão morfológica afastada do real, com semelhança a animais, maioritariamente insetos, e com uma marcada conotação negativa. Associam a localização dos microrganismos a locais sujos, indesejáveis, relacionando-os com atividades nocivas ao Homem. Por outro lado, demonstram grande desconhecimento relativamente aos seus benefícios, tanto para a natureza como para o ser humano. A abordagem ao tema através de atividades experimentais revelou-se eficaz na alteração das conceções alternativas em relação aos microrganismos, tendo-se verificado diferenças entre o pré-teste e o pós-teste. Após a implementação das atividades, as crianças passaram a identificar os microrganismos como seres vivos microscópicos, capazes de atividade biológica e a reconhecer alguns dos seus benefícios. Os comportamentos relacionados com a higiene pessoal passaram a ser entendidos como importantes para a eliminação de microrganismos nocivos à saúde e não como uma regra a cumprir. A maioria das crianças passou a desenhar os microrganismos próximos do seu aspeto real e abandonou a atribuição exclusivamente negativa atribuída inicialmente. Desta forma, verificámos que o tema “microrganismos” pode ser explorado pela via experimental no 1.º CEB e contribuir para uma melhor compreensão do mundo físico-natural envolvente da criança combatendo, por um lado, uma visão incompleta da biodiversidade, e, por outro, promovendo o desenvolvimento de competências cientificas básicas e complexas, aspetos que contribuem para o aumento da sua literacia científica. Analisando os resultados obtidos torna-se evidente a importância da inclusão da temática “microrganismos” no programa e orientações curriculares do 1.º CEB, de forma a evidenciar a importância vital do papel dos microrganismos tanto nos sistemas biológicos, como em diversas atividades úteis ao Homem e que contribuem para a melhoria da sua qualidade de vida.