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- A presença da fonética e da fonologia no ensino do português (ensino básico e secundário): algumas considerações preliminaresPublication . Veloso, João; Rodrigues, Alexandra SoaresNeste trabalho, pretendemos demonstrar o interesse em fomentar-se o ensino de algumas noções básicas e introdutórias de fonética e fonologia no âmbito das disciplinas de Língua Portuguesa e Português nos ensinos básico (3º ciclo) e secundário. Paralelamente, tentaremos deixar claro que tal objectivo é desde já possível no actual enquadramento curricular dessas duas disciplinas nos níveis considerados, como o demonstra a leitura dos programas e das gramáticas escolares que se lhes destinam (vd. Ponto 5 desta comunicação); partindo desses dados, defenderemos um alargamento e uma reorganização dos conteúdos de natureza fonética já contemplados pela actual situação curricular.
- Portuguese converted deverbal nouns: constraints on their basesPublication . Rodrigues, Alexandra SoaresThe aim of this paper is to analyse the constraints that govern the formation of Portuguese converted deverbal nouns (‘CDNs’). To this end, we have analysed a total of 1323 converted deverbal nouns. The first type of constraints investigated are those found at the prosodic level: these deal with the configurational formatting of the minimal root. We will focus on the relationship between these constraints and the semantic and phonological identification of the lexical item in perceptual terms. The second level of constraints may be characterised as morphophonological-pragmatic. Many verbs contain morphological units that block the formation of CDNs because their [+Latinate] character has a certain stylistic effect in terms of pragmatic usage. The third level of constraints pertains to lexical-conceptual structure combined with argument structure. We will show that (i) the constraints on the bases of CDNs are not exclusively founded on morphological incompatibilities between derivational affixes and other morphological units with which they join. Thus, a derivational mechanism that does not involve affixation, such as conversion, is also ruled by restrictions on the bases. (ii) Structural constraints – based on argument structures and on prosodic, morphological and lexical-semantic structures – are interwoven with processing and pragmatic conditions. (iii) Word formation is organised in structures that have interfaces with each other.
- A construção de postverbais em portuguêsPublication . Rodrigues, Alexandra Soares; Rio-Torto, Graça Maria de Oliveira e SilvaA formação de postverbais no português é caracterizada tradicionalmente como decorrente de um processo subtractivo a que se chama “derivação regressiva”. Esta classificação é devida a uma visão concatenativa e superficial que confunde a base derivante com a forma citacional do verbo. Uma análise mais apurada permite esclarecer que a forma derivante dos postverbais é o radical do verbo a que se agrega um marcador de classe -o, -a ou -e (cap. 1). A existência de substantivos que partilham o mesmo radical com verbos e que exibem características formais semelhantes às dos postverbais, mas que o não são, conduz à necessidade de encontrar critérios que possibilitem a identificação destes últimos. Os critérios propostos baseiam-se na análise sincrónica das estruturas morfofonológicas, sintáctico-semânticas e semânticas dos substantivos em apreço, assim como na filtragem diacrónica que visa excluir possíveis pares substantivo/verbo não construídos no português. Sob um ponto de vista sincrónico, a identificação dos postverbais assenta na descrição das estruturas morfológica, semântica e sintáctica do verbo derivante e da sua comparação com os mesmos níveis estruturais do produto lexical e mais especificamente no facto de o derivado manifestar ou não herança das propriedades das estruturas eventiva e argumental do verbo, ainda que manifeste autonomia lexical relativamente à sua base (cap. 2 e 3). Finalmente, como o mesmo postverbal ostenta em texto significações várias, são analisados os critérios co-textuais que possibilitam uma interpretação mais fina da significação actualizada em determinado enunciado (cap. 4).
- The importance of prefixes in the identification of postverbal nounsPublication . Rodrigues, Alexandra SoaresIn Portuguese, besides suffixed deverbal nouns, there are deverbal nominal products with no derivational suffixes, which we will call ‘postverbal nouns’. One of the problems concerned with postverbal nouns is that there are some difficulties in distinguishing them from nouns that function as base words to verbs constructed with no derivational suffixes.
- Formação de substantivos deverbais sufixados em portuguêsPublication . Rodrigues, Alexandra SoaresO presente estudo visa descrever e explicar a formação lexical dos substantivos deverbais sufixados do português europeu. Sob uma perspectiva léxico-mental, baseada no programa “arquitectura paralela” de Jackendoff (2002), desenvolve-se um modelo genolexical designado por “RFPs em interfaces”. Com este modelo, mantém-se a importância da base derivacional, seguindo perspectivas orientadas para o input. Contudo, a base derivacional não é delimitada sintacticamente. Na nossa abordagem, cabe às estruturas semânticas da base a construção do novo lexema. A maior inovação do nosso modelo consiste na assunção de que a formação de palavras é simultaneamente orientada para o output, seguindo abordagens (Plag 1999, 2004) que reconhecem a identidade e a operacionalidade semânticas dos afixos. No nosso modelo, o mesmo afixo pode ser agregado a diferentes tipos de bases sem ter de ser multiplicado em afixos homónimos. Os produtos lexicais construídos a partir de diferentes bases partilham um determinado componente pelo qual é responsável a carga semântica do afixo. Simultaneamente, há diferenças entre os produtos de acordo com os componentes semânticos de cada tipo de base. O modelo “RFPs em Interfaces” é concebido como um domínio dinâmico onde existem regras de formação de palavras e afixos. As regras de formação de palavras são entendidas como subdomínios dinâmicos onde todas as operações concernentes às diferentes estruturas linguísticas são combinadas para formar itens lexicais. Estas operações são primariamente semânticas e morfológicas. Contudo, outros domínios podem aí intervir, como o pragmático e o processual.
- Condições de formação de nomes postverbais em portuguêsPublication . Rodrigues, Alexandra SoaresO estudo que aqui se apresenta sobre os postverbais do português tem como principal objectivo a análise das condições por que se pauta a selecção das bases destes substantivos deverbais. Essas condições serão estabelecidas quer em termos de impossibilidades quer de possibilidades estruturais que regem a formação dos substantivos conversos integrados na Regra de Formação de Palavras de nomina actionis.
- A construção de postverbais em portuguêsPublication . Rodrigues, Alexandra SoaresA formação de postverbais no português é caracterizada tradicionalmente como decorrente de um processo subtractivo a que se chama “derivação regressiva”. Esta classificação é devida a uma visão concatenativa e superficial que confunde a base derivante com a forma citacional do verbo. Uma análise mais apurada permite esclarecer que a forma derivante dos postverbais é o radical do verbo a que se agrega um marcador de classe -o, -a ou -e (cap. 1). A existência de substantivos que partilham o mesmo radical com verbos e que exibem características formais semelhantes às dos postverbais, mas que o não são, conduz à necessidade de encontrar critérios que possibilitem a identificação destes últimos. Os critérios propostos baseiam-se na análise sincrónica das estruturas morfofonológicas, sintáctico-semânticas e semânticas dos substantivos em apreço, assim como na filtragem diacrónica que visa excluir possíveis pares substantivo/verbo não construídos no português. Sob um ponto de vista sincrónico, a identificação dos postverbais assenta na descrição das estruturas morfológica, semântica e sintáctica do verbo derivante e da sua comparação com os mesmos níveis estruturais do produto lexical e mais especificamente no facto de o derivado manifestar ou não herança das propriedades das estruturas eventiva e argumental do verbo, ainda que manifeste autonomia lexical relativamente à sua base (cap. 2 e 3). Finalmente, como o mesmo postverbal ostenta em texto significações várias, são analisados os critérios co-textuais que possibilitam uma interpretação mais fina da significação actualizada em determinado enunciado (cap. 4).
- Aspectos da formação dos substantivos postverbais do portuguêsPublication . Rodrigues, Alexandra SoaresCom este trabalho, pretendemos demonstrar que a conversão é o mecanismo mais adequado para a descrição da formação dos postverbais do português. Devido à semelhança formal entre estes substantivos deverbais e os substantivos derivantes de verbos não-afixados, analisaremos alguns critérios morfofonológicos, sintáctico-temáticos e semânticos que, quando usados conjuntamente, permitem a distinção entre os dois tipos de substantivos.
- Nomes em -dor, -douro, -deiro, -dora, -doura e -deira: uma abordagem de acordo com o modelo de RFPs em interfacesPublication . Rodrigues, Alexandra SoaresEste trabalho foca o comportamento dos sufixos -dor, -dora, -deiro, -deira, -douro e -doura na formação de nomes deverbais do Português. Partindo do modelo de “RFPs em interfaces”, baseado na coindexação dos traços semânticos provenientes dos afixos e das estruturas eventiva e léxico-conceptual das bases verbais, pretende-se evidenciar o contributo do afixo para o semantismo do produto lexical. Apesar de se tratar de afixos operadores na construção de nomes de ‘causa’, ‘locativos’ e ‘instrumentos’, verifica-se que o produto de cada afixo tende para determinados semantismos. Essas tendências são explicáveis pela existência de traços semânticos no afixo que, em coindexação com os traços das bases, produz matizes semânticos nos produtos.
- Da norma da língua sob a perspectiva da linguísticaPublication . Rodrigues, Alexandra SoaresO tema que é anunciado no título – “Da norma da língua sob a perspectiva da linguística” – suscita dois problemas. O primeiro está enunciado no próprio título: sendo a linguística uma ciência, está fora do seu escopo uma perspectiva normativa sobre as línguas. Por isso, o tema anunciado é uma falsa questão. Para a linguística não existe um “bom português” e um “mau português”. Quando utilizamos as designações de “bom português” e de “mau português”, referimo-nos às classificações que, numa determinada época, não só a gramática tradicional, mas também os próprios falantes fazem dos usos da sua língua em “correcto”/ “incorrecto”, não de acordo com os parâmetros que regem internamente a arquitectura da língua, mas de acordo com a ideia de estado puro ou impuro da mesma. Estamos a fazer referência, por exemplo, à tentativa de correcção de falantes que não fazem a distinção entre /b/ e /v/, e por isso dizem vala e bala como [bal ], por parte de falantes que fazem a distinção entre /b/ e /v/ e por isso dizem [val ] e [bal ]. Mas estamos a incluir também nesta temática a oscilação entre, por exemplo, hão-de e hadem, entre tu leste e tu lestes, entre lê-lo-ei e lerei-o, etc. Por parte da linguística, ciência que estuda as línguas e a linguagem, estas formas são encaradas com a mesma objectividade. Não há formas boas e formas más. A linguística analisa as formas que existem em cada língua; não apenas as que numa determinada época e numa determinada comunidade são encaradas como correctas; assim como também não tem como objectivo fazer desaparecer as que nessa mesma época e nessa mesma comunidade são tidas como incorrectas. Assim sendo, como já dissemos, esta é uma falsa questão, o que significa que podemos dar a sessão por encerrada.