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- Os contos de H.C. Andersen: uma visão romântica da infânciaPublication . Teixeira, CarlosÉ objectivo desta comunicação reflectir sobre a relação entre o Romantismo e a Literatura Infantil, reconhecendo que esta ganhou um novo estatuto no polissistema literário, durante (e a partir de) este período histórico-cultural. O reconhecimento da literatura infantil pela chamada “literatura canónica” (e pelos seus teorizadores) será explicitado com base em dois grupos de razões. O primeiro deles diz respeito às transformações endossistémicas, ocorridas no estrito domínio literário, e o segundo às transformações exossistémicas, isto é, a todo o tipo de alterações ocorridas (quer no advento, quer durante o século XIX) fora do denominado sistema literário, mas que com ele estabelecem relações mais ou menos directas e evidentes. Visa-se, também, problematizar o “novo estatuto” concedido à criança por força das transformações ocorridas no / durante o Romantismo. A comunicação procurará justificar a seguinte afirmação: “O século XIX descobriu a criança.” Finalmente, pretende-se equacionar os dois aspectos referidos à luz da obra de H.C. Andersen, nomeadamente à luz dos seus contos e histórias que hoje incluímos no cânone da literatura para crianças.
- Escrever-se e/ou outrar-se: escrita e revelação em Páginas do Diário Íntimo de José RégioPublication . Teixeira, CarlosEste estudo começa por enquadrar José Régio no período epocal em que viveu. Duas razões de fundo sustentam a importância deste enquadramento: primeira, a relevância dos acontecimentos ocorridos na Europa, e em Portugal (de um modo particular), na primeira metade do século XX; segunda, a forte personalidade de Régio fez dele uma referência incontornável, quer para os seus coevos, quer para as gerações mais novas, nomeadamente porque foi ele o primeiro a reconhecer e a dar a conhecer (nas páginas da Presença) a revolução literária produzida pela geração de Orpheu e porque foi a presença viva e actuante do segundo Modernismo em Portugal. Segue-se uma reflexão sobre o diário, equacionando a problemática da sua inclusão nos estudos literários e realçando o facto de, em termos modais, ser um texto intrinsecamente híbrido. A escrita do diário, embora prisioneira do tempo, é uma escrita livre, oferecendo-se ao sujeito que, por meio dela, se vai registando. Mas permanece em aberto a possibilidade da revelação do eu acontecer de forma mais autêntica neste tipo de escrita ou na escrita ficcional (mormente para Régio que foi um diarista errático e pouco dado a confissões directas). A difícil relação entre escrita e revelação, entre a urgência de se dizer, de se revelar e a necessidade de se fechar com os seus segredos e mistérios (seguindo o modelo de Cristo), conduz-nos a uma síntese (im)possível, explicitada na trilogia: Loucura, Silêncio e Morte.
- Da loucura: como logos em José RégioPublication . Teixeira, CarlosÉ objectivo desta comunicação / capítulo apresentar uma leitura global e globalizante da obra de José Régio, perspectivando-a através do tema da loucura, concebida como logos.