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Gonçalves, Dionísio

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  • O efeito do comprimento da encosta na erosão em solos pedregosos: modelo e aplicações em áreas de vinha do Vale do Douro, Portugal
    Publication . Figueiredo, Tomás de; Fonseca, Felícia; Ferreira, António G.; Poesen, Jean; Gonçalves, Dionísio
    Os solos pedregosos cobrem a maior parte da faixa Mediterrânica, regra geral ocupando as zonas de elevado risco potencial de erosão, como por exemplo as superfícies de relevo ondulado e as áreas de montanha. Tratando-se de terras cultivadas, muitas vezes desde longa data, às condições topográficas junta-se o uso do solo como factor potenciador do risco de erosão. A aplicação de medidas de controlo da erosão impõe-se nestas condições e o comprimento da encosta é um factor de erosão que, na prática, muito condiciona o dimensionamento dessas medidas, especialmente quando se trata de medidas estruturais ou de carácter mecânico destinadas ao controle do escoamento superficial. Todavia, o efeito deste factor é reconhecidamente complexo visto que representa a expressão final do processo de transferência de água e sedimento ao longo da encosta, muito afectado por outros factores que não os estritamente associados à topografía dos terrenos. A pedregosidade superficial dos solos é um deles. Este trabalho tem o propósito de apresentar e discutir um modelo descritivo do efeito da pedregosidade superficial dos solos na transferência de sedimento ao longo da encosta, e de o explorar com aplicações em áreas de vinha do Vale do Douro, Portugal. O modelo considera os parâmetros de caracterização dos elementos grosseiros do solo e deduz o modo como estes contribuem para a retenção de partículas num segmento da encosta. As expressões de cálculo deduzifas são justificadamente apresentadas, bem como o suporte experimental que permitiu calibrá-las. Na sua aplicação ao contexto do Vale do Douro consideraram-se as vinhas plantadas segundo o maior declive (vinhas ao alto) como exemplo. As simulações efectuadas com o modelo permitem explicar resultados experimentais e evidencias no terreno, e formular recomendações para a concepção de planos de conservação do solo à escala da parcela cultivada.
  • A pedregosidade como indicador do estado de degradação dos solos: modelo conceptual e sua aplicação a Trás-os-Montes, NE Portugal
    Publication . Figueiredo, Tomás de; Fonseca, Felícia; Ferreira, António G.; Poesen, Jean; Gonçalves, Dionísio
    A pedregosidade dos solos é uma característica de avaliação complexa, em regra objecto de estimativas pouco fiáveis, e quantitativamente mal conhecida no seu significado e nos seus efeitos. Todavia, é uma característica incontornável na análise de processos pedológicos, geoquímicos e geomorfológicos. A abordagem integrada destes processos é rara e mais ainda quando centrada numa propriedade de importancia comparativa menor como é a pedregosidade. Em vastas áreas da Bacia Mediterrânica os solos são pedregosos. A pedregosidade é, na maior parte dos casos, apenas mais um elemento identificador do carácter marginal dessas áreas, em regra declivosas, de solos delgados e de baixa produtividade. Acresce que a estes se associa também elevado risco e/ou clara evidencia dos processos erosivos que os afectam. Com este trabalho pretende-se apresentar, discutir e explorar um modelo conceptual que integra o papel e significado da pedregosidade superficial dos solos. Em síntese, o modelo tem em conta o carácter selectivo dos processos erosivos, o efeito da pedregosidade na limitação desses processos, o contributo dos processos de meteorização e de formação do material originário dos solos na distribuição da pedregosidade no perfil, e os correspondentes efeitos de retro-alimentação. Do modelo, calibrado com base na informação contida na Carta de Solos do NE de Portugal, resulta a possibilidade de establecer o teor de elementos grosseiros de equilibrio para um certo ambiente geomorfológico e pedológico, e a correspondente taxa de perda de solo. Tomou-se portanto como referência na avaliação do estado de degradação dos solos nesta região. A exploração do modelo nesta perspectiva é contrastada com as avaliações constantes das cartas de risco de erosão. Os resultados desta comparação são apresentados e discutidos, revelando, em conclusão genérica que a degradação dos solos é mais notória nas áreas mais secas e quentes da região.