Loading...
5 results
Search Results
Now showing 1 - 5 of 5
- Caracterização ecológica das populações de mexilhão-de-rio (Margaritifera margaritifera l.) e de truta (Salmo trutta L.) na bacia hidrográfica do rio Tua (NE Portugal)Publication . Nogueira, Mónica Sofia Reis; Teixeira, Amílcar; Varandas, Simone; Lopes-Lima, Manuel; Hinzmann, Mariana; Machado, Jorge; Cortes, Rui M.V.Este estudo pretende caracterizar as condições ecológicas das populações de mexilhão-de-rio (Margaritifera margaritifera L.) e truta-de-rio (Salmo trutta L.) na bacia hidrográfica do rio Tua, nomeadamente nos rios Rabaçal e Tuela. A degradação ambiental (e.g. regularização, poluição) é um factor de regressão associado ao decréscimo da espécie M. margaritifera em Portugal que justifica a monitorização e avaliação do status desta náiade ameaçada e do seu hospedeiro obrigatório. Assim, no Verão de 2009 foi avaliada a qualidade da água e sedimentos, o habitat e microhabitat disponível e usado e determinados alguns parâmetros populacionais das duas espécies. Seleccionaram-se 2 troços em cada rio, com diferentes graus de perturbação, e aplicou-se a metodologia RHS (River Habitat Survey), complementada com uma análise mais detalhada do microhabitat. Através de transectos e snorkeling, foram mensuradas a profundidade, cobertura, substrato dominante e sub-dominante, e as velocidades da corrente na coluna de água e no leito. As regressões polinomiais elaboradas para as espécies e classes de tamanho consideradas demonstraram uma preferência similar entre a M. margaritifera e os alevins (0+) de truta, precisamente por habitats com alguma corrente, com pouca profundidade e com substrato tipicamente grosseiro (pedras) mas com interstícios ocupados por materiais finos (areias). Ambas as espécies apresentaram uma distribuição espacial não aleatória, concentrando-se principalmente em zonas com a cobertura propiciada pela vegetação ripícola. Relativamente à qualidade da água detectaram-se baixos teores em sais dissolvidos (condutividade < 50 µS.cm-1), nutrientes (e.g. N-Total <0,2 mg/L) e materiais particulados (POM <3 mg/L e PIM <0,01 mg/L). Foi detectada alguma concentração microbiana na água e sedimento indicadora de influência antrópica. Como medida de conservação da M. margaritifera nestes rios afigura-se essencial não só a monitorização da qualidade da água e do habitat, mas também a definição de planos de gestão e ordenamento adequados à especificidade destes rios.
- Estudos preliminares de populações de mexilhão-de-rio (Margaritifera margaritifera l.) nos rios Rabaçal e Tuela Nordeste de Portugal): análise do habitat e da qualidade da água e sedimentosPublication . Teixeira, Amílcar; Lima, Manuel; Machado, Jorge; Hinzmann, Mariana; Cortes, Rui M.V.; Varandas, Simone; Antunes, FilipaPermanecem pouco estudadas as condições ecológicas dos rios Rabaçal e Tuela que permitem a existência de populações viáveis de mexilhão-de-rio (Margaritifera margaritifera L.). Estudos preliminares realizados no Verão de 2009 permitiram caracterizar o habitat e microhabitat usado pela espécie assim como a qualidade da água e sedimentos. Relativamente ao habitat foi aplicada a metodologia RHS (River Habitat Survey) complementada com uma análise do microhabitat. Realizaram-se 30 transectos por cada troço de rio seleccionado e determinadas as variáveis da profundidade, substrato dominante e sub-dominante, velocidade da corrente, medida na coluna de água e no leito, e cobertura em cada área amostrada (0.25 cm2). A M. margaritifera apresentou uma distribuição espacial não aleatória, concentrando-se em zonas específicas. As curvas de preferência permitiram detectar diferenças entre os juvenis, presentes maioritariamente em habitats com corrente, menor profundidade e substrato grosseiro (pedras e seixos), e os adultos, de distribuição mais ampla, capazes de colonizar zonas lênticas, com maior profundidade, ausência de corrente e substrato de granulometria fina (areias). No que respeita à qualidade da água detectou-se baixo teor sais dissolvidos (condutividade < 50 µScm-1) e nutrientes (N-Total <0,1 mg/L) (POM <3 mg/L PIM < 0,01mg/L). Apesar da qualidade da água ser elevada foi detectada uma baixa concentração de coliformes totais na água e sedimento indicando alguma influência antropogénica. Como medida de conservação da espécie nestes rios afigura-se essencial a monitorização das descargas de efluentes domésticos, dos efeitos da regularização e sobrepesca com o intuito de evitar a regressão assinalada noutros rios de Portugal.
- Distribuição espacial dos bivalves de água doce nas bacias hidrográficas dos rios Tâmega, Tua e Sabor (bacia do Rio Douro)Publication . Varandas, Simone; Teixeira, Amílcar; Lopes-Lima, Manuel; Sobral, Carina; Cortes, Rui M.V.; Machado, JorgeEste trabalho teve por objectivo fazer um levantamento dos bivalves de água doce das bacias dos rios Tâmega, Tua e Sabor e encorajar a conservação das espécies autóctones e dos ecossistemas onde ocorrem. De referir que estas populações nativas são muito sensíveis a modificações súbitas e bruscas do habitat como secas, construção de barragens com consequentes descargas tóxicas, sobre-exploração dos recursos hídricos, desaparecimento dos hospedeiros das larvas e introdução de espécies exóticas invasoras, sendo incapazes de recuperarem por si só. Foram registadas quatro espécies de bivalves nativas mais concretamente a Margaritifera margaritifera, o Unio delphinus (anteriormente designado por Unio cf. pictorum), a Anodonta anatina e a Potomida littoralis e uma espécie exótica da família Corbiculidae (Corbicula fluminea). Das cinco espécies encontradas a M. Margaritifera é a única que ocorre nos troços superiores dos cursos de água e apenas está presente no rio Tua (rios Tuela e Rabaçal). Esta é uma espécie muito ameaçada a nível mundial e nacional, estando incluída nos Anexos II e V da Directiva Habitats, no Anexo III da Convenção de Berna e está classificada como “Em Perigo” pelo Livro Vermelho da IUCN. As restantes espécies localizam-se exclusivamente nos sectores médios e inferiores dos três rios estudados. Das espécies nativas presentes nestes sectore, apenas a Potomida littoralis é pouco frequente e abundante, aparentando estar em regressão. Quanto à Anodonta anatina e ao Unio delphinus a sua distribuição é generalizada e localmente abundante. Relativamente à Corbicula fluminea, espécie introduzida de capacidade invasiva, esta encontra-se espalhada pelos vários sectores médio e inferiores. Esta espécie devido à sua plasticidade ecológica e capacidade reprodutiva poderá exercer efeitos negativos para a conservação das espécies autóctones de bivalves de água doce e para outros elementos do ecossistema afectado. Visto que são já visíveis alguns sinais de regressão das espécies autóctones, tais como a diminuto recrutamento ou falta dele, a sua conservação depende da manutenção/restauração das condições ambientais actuais dos rios onde ocorrem.
- Preliminary studies on the habitat characterization of Margaritifera margaritifera populations from the Rabaçal and Tuela rivers (Northeast of Portugal)Publication . Lopes-Lima, Manuel; Teixeira, Amílcar; Oliveira, Sara; Hinzmann, Mariana; Antunes, Filipa; Claro, Ana Marília; Machado, JorgePortuguese M. margaritifera populations being in the southern distribution limit are exposed to different ecological conditions at least on the water temperature that is far higher than in the pearl mussel’s rivers from central and northern Europe. However there were more than ten known functional populations that existed in the beginning of the 20th century. Nowadays only two of these populations remain healthy and viable with an estimated one million in Rabaçal and fifty thousand mussels in the Tuela river. However, these populations are still threatened by anthropogenic influences responsible for the loss of the available habitat. A more comprehensive knowledge on the habitat requirements of M. margaritifera is essential to identify the best river management policies. The River Habitat Survey showed that Rabaçal and Tuela river sections have excellent quality. The preference curves for juveniles and adults of M. margaritifera, were shown to be similar to the water column velocity (0.10-0.20 m.s-1) and bottom velocity (0-0.10 m.s-1), dominant substrate (sand and gravel) and depth (30-40 cm), and different for the sub-dominant substrate (fine sediments for juveniles and cobbles and boulders for adults) and cover (boulders for juvenile and overhanging vegetation, roots and boulders for adults); Low levels of dissolved salts (conductivity <50 μS/cm), nutrients (N-Total <0.2 mg/L; P-Total <0.1 mg/L), Organic Matter (POM <4.5 mg/L and PIM < 0.01mg/L) and a high O2 concentration (> 10 mg/L) were detected, revealing a good water quality of these ecosystems.
- Ecology of southern European pearl mussels (Margaritifera margaritifera): first record of two new populations on the rivers Terva and Beça (Portugal)Publication . Varandas, Simone; Lopes-Lima, Manuel; Teixeira, Amílcar; Hinzmann, Mariana; Reis, Joaquim; Cortes, Rui M.V.; Machado, Jorge; Sousa, RonaldoSouthern European populations of Margaritifera margaritifera (L., 1758) are under-studied. From 1986 to 2001 this species was considered extinct in Portugal but between 2001 and 2002 six northern populations were found, five of which were previously unknown. 2. This study comprises a comparative study of the ecology and habitat requirements of two new populations in the rivers Beça and Terva (tributaries of the River Tâmega, northern Portugal) with non-Iberian populations. 3. Surveys were conducted in 2010/2011 to characterize ecological status and propose possible conservation measures. Both rivers were in good environmental condition, but the River Beça had higher biological, physicochemical and hydromorphological quality. 4. Both populations are highly susceptible to extirpation – in particular the River Terva population, given the very low number of specimens found and no sign of recent recruitment. The low number of juveniles and the existence of several threats in both rivers (e.g. fragmentation and loss of habitat caused by the presence of physical obstacles, organic pollution and bank erosion due to fires) imply the need for urgent, effective, conservation measures. 5. Southern European M. margaritifera populations have similar ecological and habitat requirements compared with those of northern and central Europe. However, functional populations may endure higher phosphate content, pH and temperature values. As expected they present faster growth rates and reduced life spans.