Browsing by Author "Viegas, Rosalino"
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- Efeito de leguminosas pratenses usadas como sideração na cultura do milhoPublication . Viegas, Rosalino; Arrobas, Margarida; Rodrigues, M.A.Um dos papéis importantes das leguminosas nos sistemas de cultivo é o seu uso como adubo verde ou sideração. Em regiões do globo com menor possibilidade de se investir em fertilizantes de síntese industrial ou em sistemas de agricultura menos intensivos como a agricultura biológica, as leguminosas podem ter um papel decisivo no aporte de azoto ao sistema. Neste trabalho reportam-se resultados de um estudo realizado em Bragança onde duas leguminosas pratenses foram cultivadas durante o inverno para serem incorporadas no solo na Primavera seguinte e servirem de suporte ao cultivo do milho. A experiência incluiu ainda uma modalidade testemunha constituída pela vegetação espontânea. As leguminosas utilizadas foram trevo-subterrâneo [Trifolíum subterraneum, cv Losa) e trevo-encarnado (Trifolium incarnatum, cv Contea). A sementeira foi feita em campo no dia 25 de setembro. Na Primavera seguinte, em 25 de maio, amostras de plantas e solo até uma profundidade 0- 20 cm foram colhidas e misturadas convenientemente. As misturas foram transferidas para vasos de 3 L, tendo sido constituídas 10 repetições de cada tratamento. Em l de junho foi semeado o milho nos vasos e mantido até 21 de julho com rega regular, data a partir da qual as plantas de milho foram cortadas, secas em estufa, pesadas e analisadas para a composição elementar. O trevo-encarnado produziu mais matéria seca, mas o azoto contido na parte aérea na colheita foi equivalente entre trevo-encarnado e trevo-subterrâneo e com diferenças significativas para a vegetação espontânea (a quantidade de N nos tecidos era pouco mais de 1/3 da que se registava nas leguminosas). O milho cultivado nos vasos preparados com a sideração dos trevos atingiu valores de matéria seca superiores a 30 g por vaso, enquanto na modalidade testemunha foi inferior a 15 g. Nas modalidades com sideraçâo de leguminosas, as plantas de milho recuperaram aproximadamente 300 mg de N por vaso enquanto na modalidade testemunha o valor foi de 115 mg de N por vaso. Os resultados parecem mostrar de forma inequívoca o elevado valor fertilizante das leguminosas quando usadas com sideração.
- Estudos com inoculação e densidades de sementeira em soja no interior norte de PortugalPublication . Viegas, Rosalino; Arrobas, Margarida; Tipewa, Nelson; Rodrigues, M.A.Os sistemas de agricultura arvense nacionais não têm incluído leguminosas sobretudo pela baixa competitividade económica destas plantas nas conjunturas recentes. As vantagens da inclusão de leguminosas seriam inegáveis, não só pela promoção da fertilidade do solo mas genericamente pelo incremento da sustentabilidade dos agroecossistemas. A soja afigura-se como uma cultura promissora tendo em conta o sucesso que tem tido em vastas regiões do globo. Contudo, na região mediterrânica terá de ser cultivada em regadio, tendo de competir com outras culturas instaladas. Em Trás-os-Montes há um grupo de produtores pecuários muito interessados na soja, que vêm a cultura como uma forma de aliviar os custos com a aquisição das rações. Neste trabalho reportam-se os resultados de ensaios com a cultura da soja decorridos na região de Bragança. Uma linha de trabalho consistiu em ensaiar a resposta da planta à inoculação com rizóbios específicos. Em campo foi instalado um ensaio com e sem inoculação. Em uma segunda experiência em vasos ensaiou-se o efeito da inoculação das sementes e do suplemento com fertilizante azotado em cobertura em quatro modalidades: sementes inoculadas e aplicação de azoto; sementes inoculadas e sem aplicação de azoto; sementes não inoculadas e aplicação de azoto; e sementes não inoculadas e sem aplicação de azoto. Foi utilizada uma variedade de hilo branco recomendada para o território nacional, de ciclo curto e crescimento determinado (PR91M10). Numa segunda linha de trabalho ensaiaram-se quatro densidades de sementeira (33, 25, 20 e 13 sementes m-2). Nesta experiência utilizou-se uma variedade de ciclo longo e crescimento indeterminado proveniente de Angola (Tabarana). A soja de ciclo curto cumpriu integralmente o ciclo. Em campo atingiram-se 2012 e 1627 kg/ha de grão nos talhões com soja inoculada e não inoculada, respetivamente. A experiência em vasos mostrou melhores resultados com sementes inoculadas e com aplicação de azoto em cobertura. O ensaio das densidades não foi integralmente concluído. A Tabarana não completou o ciclo, tendo sido destruída pelo frio no mês de novembro no início da formação da vagem. Os resultados avaliados pela produção de biomassa na parte aérea da planta mostraram uma redução de produtividade contínua da maior densidade para a densidade mais baixa. Contudo, não é possível saber se o resultado se manteria se a planta atingisse a maturação completa do grão. O cultivo de soja em Trás-os-Montes em regadio parece ser possível desde que com variedades com ciclo cultural ajustado à duração da estação de crescimento.
- Produtividade e azoto recuperado de diversas proteaginosas cultivadas em sequeiro e regadio no Nordeste de PortugalPublication . Viegas, Rosalino; Arrobas, Margarida; Rodrigues, M.A.As proteaginosas são muito valorizadas pela produção de proteína vegetal e por serem culturas de reduzidas necessidades em fertilizantes e ainda promoverem a fertilidade do solo. Em Bragança ensaiou-se o cultivo de várias proteaginosas em sequeiro e em regadio. Em sequeiro foram cultivados grão-de-bico e feijão-frade. Em regadio cultivou-se feijão-frade e duas variedades de feijão rasteiro, uma habitual no mercado nacional português (Maravilha-de-Piemonte) e outra habitual no mercado angolano (Amarelo). Feijão-frade e grão-debico cultivados em sequeiro produziram respetivamente 1506 e 955 kg/ha de grão. Em regadio obtiveram 2733, 3164 e 3533, kg/ha de grão, respetivamente em feijão-comum cv. Maravilha-de-Piemonte, cv. Amarelo e Feijão-frade. Na colheita, a quantidade de azoto contida no grão foi de 43,7 e 33,0 kg/ha respetivamente em grão-de-bico e feijão-frade cultivados em sequeiro. Na colheita ficaram na palha resíduos azotados de 6,7 e 10,2 kg/ha, respetivamente. Em regadio, na colheita, feijão-comum, cv. Maravilha-de-Piemonte, cv. Amarelo e feijão-frade continham no grão 105,6, 113,5 e 137,3 kg/ha de azoto, mantendo na palha respetivamente 58,0, 91,2 e 110,8 kg/ha de azoto. Estes resultados mostraram a enorme capacidade destas plantas em acumular azoto (proteína) no grão que pode ser usado na alimentação humana e na palha, podendo este ser usado pelos animais ou permanecer no solo e ser usado pelas culturas que se seguem na rotação.
- Produtividade e azoto recuperado por diversas leguminosas cultivadas em sequeiro e regadio no Nordeste de PortugalPublication . Viegas, Rosalino; Arrobas, Margarida; Rodrigues, M.A.As proteaginosas são muito valorizadas pela produção de proteína vegetal, por serem culturas de reduzidas necessidades em fertilizantes e ainda por promoverem a fertilidade do solo. Em Bragança ensaiou-se o cultivo de leguminosas pratenses [trevo encarnado (Trifolium incarnatum) e trevo subterrâneo (T. subterraneum)] para serem usadas como sideração na cultura do milho (Zea mays) e várias proteaginosas em sequeiro e em regadio para produção de grão. Em sequeiro foram cultivados grão-de-bico (Cicer arietinum) e feijão-frade (Vigna unguiculata). Em regadio cultivou-se feijão-frade, e duas variedades de feijão rasteiro (Phaseolus vulgaris), uma habitual no mercado nacional português (Maravilha-de-Piemonte) e outra habitual no mercado angolano (Amarelo), e soja (Glycine max) inoculada e não inoculada. A sideração com leguminosas aumentou significativamente a produção de matéria seca de milho e azoto (N) exportado em comparação com vegetação natural (testemunha). Grão-de-bico e feijão-frade cultivados em sequeiro produziram respetivamente 1506 e 955 kg ha-1 de grão. Em regadio obtiveram 2733, 3164 e 3533, kg ha-1 de grão, respetivamente em feijãocomum cv. Maravilha-de-Piemonte, cv. Amarelo e Feijão-frade. Na colheita, a quantidade de N contida no grão foi de 43,7 e 33,0 kg ha-1 respetivamente em grão-de-bico e feijão-frade, permanecendo na palha 6.7 e 10.2 kg N ha-1. Em regadio, na colheita, feijão-comum, cv. Maravilha-de-Piemonte, cv. Amarelo e feijão-frade continham no grão 105,6, 113,5 e 137,3 kg ha-1 de N e na palha respetivamente 58.0, 91.2 e 110.8 kg N ha-1. A soja inoculada produziu apenas ligeiramente mais grão e recuperou um pouco mais de N que a modalidade não inoculada. Os resultados mostraram a enorme capacidade das leguminosas em acumular N (proteína) no grão, que pode ser usado na alimentação humana, e na palha, podendo este ser usado pelos animais ou permanecer no solo e ser usado pelas culturas que se seguem na rotação.
- Valor fertilizante de leguminosas herbáceas nos ecossistemas agrícolasPublication . Viegas, Rosalino; Rodrigues, M.A.A produção de fertilizantes azotados é responsável por quase um terço da energia consumida na agricultura moderna. Parte significativa dessa energia poderia ser reduzida pelo incremento da fixação biológica, processo que envolve microrganismos com capacidade de utilizar o azoto atmosférico e de o transferir de formas variadas para as plantas. Este tipo de microrganismos pode proporcionar maior quantidade de azoto disponível nos ecossistemas terrestres, tendo grande impacto a nível agronómico, económico e ecológico. Algumas plantas como as leguminosas, podem estabelecer relações simbióticas com microrganismos fixadores e beneficiarem de forma particular da ação dos microrganismos. Por essa razão as leguminosas são componentes valiosos em misturas forrageiras com gramíneas e na rotação de culturas para diminuir a dependência dos fertilizantes azotados. Este trabalho teve por objetivo comparar o desempenho de várias culturas leguminosas e a sua capacidade em aceder ao azoto. Incluiu leguminosas pratenses que foram usadas como sideração para a cultura do milho (Zea mays) e diversas leguminosas de grão cultivadas em sequeiro e em regadio. As leguminosas pratenses foram cultivadas em campo, tendo a biomassa e o solo onde foram cultivadas sido posteriormente usados em ensaio em vasos para avaliar o efeito da sideração na cultura do milho. Em sequeiro cultivou-se grão-de-bico (Cicer arietinum) e feijão-frade (Vigna unguiculata). Em regadio cultivou-se feijão-frade e feijão-comum (Phaseolus vulgaris) (cvs. Maravilha de Piemonte e Manteiga proveniente de Angola). Outra das espécies usadas em regadio foi a soja (Glycine max), tendo sido cultivada em campo sujeita a inoculação com rizóbios específicos e sem inoculação, e em vasos tendo sido sujeita a inoculação e não inoculação combinadas com aplicação e sem aplicação de azoto, ainda em vasos, foi cultivado o feijão trepador (cv. Helda) com e sem aplicação de azoto. Os ensaios decorreram em Bragança na Quinta de Sta Apolónia de setembro de 2015 a outubro de 2016. No ensaio com leguminosas pratenses a maior quantidade de matéria seca foi registrada em trevo-encarnado (Trifolium incarnatum) em comparação com trevo-subterrâneo (Trifolium subterraneum). As duas espécies registaram valores idênticos de azoto recuperado na parte aérea da planta e significativamente superiores à vegetação espontânea usada como testemunha. A produção de biomassa de milho foi mais elevada vi nos vasos com sideração das leguminosas que na modalidade com vegetação espontânea. Nas leguminosas de grão cultivadas em campo sequeiro, o grão-de-bico apresentou maior produção de grão e matéria seca (1505 kg ha-1 e 2700 kg ha-1 respetivamente) que o feijão-frade (955 kg ha-1 e 1788 kg ha-1) e de azoto recuperado na parte aérea da planta (50 kg ha-1 e 43 kg ha-1, respetivamente). Em regadio os melhores resultados de matéria seca no grão (3533 kg ha-1) e na palha (5413 kg ha-1) e azoto recuperado na parte aérea no grão (137 kg ha-1) e na palha (110 kg ha-1) foram obtidos na cultura de feijão-frade, ainda que sem diferenças significativas para o feijão-comum (cv. Manteiga), que obteve de matéria seca no grão 3164 kg ha-1 e na palha 5466 kg ha-1. Na parte aérea, o feijão-comum recuperou 113 kg N ha-1 no grão e 91 kg N ha-1 na palha. Na soja cultivada em vasos, a combinação inóculo mais azoto foi determinante para se obterem valores elevados de matéria seca (63 g vaso-1) e azoto recuperado (1.41 g vaso-1). O mesmo aconteceu com o feijão trepador em que o tratamento com fertilizante azotado apresentou melhores resultados (63 g vaso-1 de matéria seca e 2 g vaso-1 de azoto recuperado). Pelos resultados alcançados neste trabalho, conclui-se que as leguminosas estudadas têm elevado potencial de produção de grão e recuperação de azoto na parte aérea.