Browsing by Author "Veiga, Liliana Marisa Coimbra"
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- Reabilitação funcional após acidente vascular cerebral: resultados de uma unidade de convalescençaPublication . Veiga, Liliana Marisa Coimbra; Gomes, Maria JoséO Acidente Vascular Cerebral é uma das principais causas de mortalidade e morbilidade em todo mundo, responsável pela perda de capacidades, quer física quer cognitiva, tendo desta forma grande repercussão na qualidade de vida dos indivíduos. Face a esta problemática, surge a necessidade de ser discutido o processo de reabilitação funcional do doente após ocorrência do AVC. Realizamos um estudo retrospetivo de abordagem quantitativa, de carácter exploratório e descritivo numa amostra não probabilística por conveniência, constituída por 162 participantes com uma média de idades de 73,6 ± 10,6 anos, maioritariamente mulheres (53,1%), com o diagnóstico de AVC que realizaram programa de reabilitação na Unidade de convalescença. O objetivo principal do estudo consistiu em ser avaliado o grau de dependência nas atividades de vida diária (AVD) dos participantes que sofreram AVC, no momento da admissão na Unidade de Convalescença e no momento da alta clínica, segundo o Índice de Barthel. Relativamente aos resultados obtidos, salientamos que o participante mais novo tinha 30 anos e o mais velho 90 anos, a maioria dos pacientes sofreu AVC isquémico (84,6%), o subtipo mais comum foi o LACI (37%). Os AVC´s hemorrágicos representaram cerca de 15,4% da nossa amostra, o fator de risco mais comum foi a HTA, sendo a HTA associada a FA (47,5%), os dois principais fatores de risco da nossa população. No final do programa de reabilitação cerca de 62,3% dos participantes eram autónomos na satisfação das AVD, o grau de dependência da nossa população sofreu diferenças estatisticamente significativas entre os dois momentos de avaliação (p<0,05). Nos diferentes tipos de AVC, as AVD mais afetadas foram a eliminação urinária e intestinal e as que melhor responderam ao programa de reabilitação foram as relacionadas com a mobilidade: as transferências e o subir/descer escadas. Verificamos que a idade se correlaciona negativamente com todas as AVD e que as AVD se correlacionam positivamente (r> 0) entre si. Através do teste t para amostras emparelhadas, verificou-se que existe uma melhoria significativa nos níveis médios das AVD, desde o momento da admissão até ao momento da alta clínica. Esta conclusão verifica-se quer ao nível das AVD em particular, quer no grau de dependência em geral.