Browsing by Author "Salselas, Susana"
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- Casuística de uma unidade de acidente vascular cerebral: 2010-2014Publication . Salselas, Susana; Gomes, Maria José; Teixeira, Cristina; Ledesma, Natália; Poço, JorgeO Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de dependência funcional na população portuguesa. Para melhorar a abordagem destes doentes é importante o conhecimento da situação actual relativamente aos níveis de dependência funcional em diferentes momentos desde o internamento. OBJETIVO Avaliar os graus de dependência em doentes com AVC internados numa Unidade de Saúde, no momento do internamento, da alta e da primeira consulta após a alta. METODOLOGIA Estudo de coorte retrospectivo, utilizando a base de dados hospitalar para doentes admitidos por AVC entre 2010 e 2014. O Índice de Barthel (IB) na admissão, na alta e na primeira consulta após alta foi usado para avaliar dependência funcional. Com base no score do IB os doentes foram categorizados em dependência total (score: 0 a 20), dependência grave (score: 21 a 60), dependência moderada (score: 61 a 90), dependência leve (score: 91 a 99) e independência (score: 100). A proporção de indivíduos em cada categoria e respectivo intervalo de confiança a 95% (IC95%) foi obtida com base na estatística de Wald. RESULTADOS Há 483 doentes com avaliação nos três momentos, com idade média à data de internamento de 74,2 (±10,9) anos, dos quais 59% (n=285) são homens, 25,1% (n=121) com PACI, 27,3% (n=131) com LACI, 19,3% (n=93) com TACI, 12,8% (n=62) com POCI e 15,7% (n=76) com AVC hemorrágico. Entre a admissão e a 1ª consulta após a alta verificou-se redução significativa da proporção de indivíduos com dependência total, qualquer que seja o tipo de AVC, embora a redução seja mais expressiva entre admissão e alta. A proporção de dependência total nos vários momentos é maior para TACI e menor para LACI, mantendo as restantes tipologias valores intermédios. Relativamente a TACI verificou-se uma proporção de dependência total de 84,9% (IC95%: 77,7; 92,2) no momento da admissão que reduziu significativamente para 44,1% (IC95%: 34,0; 54,2) na alta e de forma menos expressiva para 36,6% (IC95%: 26,8; 46,4) na primeira consulta. Nos doentes com AVC do tipo LACI, a proporção de dependência total foi de 34,4% (IC95%: 26,2; 42,5) na admissão, reduzindo significativamente para 8,4% (IC95%: 3,7; 13,2) na alta, observando-se na primeira consulta após a alta uma proporção de 9,2% (IC95%: 4,2; 14,1). CONCLUSÃO Os resultados sugerem um intenso investimento da unidade de AVC na reabilitação destes doentes durante o internamento. Considera-se pertinente a continuidade do processo de reabilitação após a alta.
- Casuística de uma unidade de acidente vascular cerebral: 2010-2014Publication . Salselas, Susana; Gomes, Maria José; Teixeira, Cristina; Ledesma, Natália; Poço, JorgeO Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a principal causa de dependência funcional na população portuguesa. Para melhorar a abordagem destes doentes é importante o conhecimento da situação actual relativamente aos níveis de dependência funcional em diferentes momentos desde o internamento. OBJETIVO Avaliar os graus de dependência em doentes com AVC internados numa Unidade de Saúde, no momento do internamento, da alta e da primeira consulta após a alta. METODOLOGIA Estudo de coorte retrospectivo, utilizando a base de dados hospitalar para doentes admitidos por AVC entre 2010 e 2014. O Índice de Barthel (IB) na admissão, na alta e na primeira consulta após alta foi usado para avaliar dependência funcional. Com base no score do IB os doentes foram categorizados em dependência total (score: 0 a 20), dependência grave (score: 21 a 60), dependência moderada (score: 61 a 90), dependência leve (score: 91 a 99) e independência (score: 100). A proporção de indivíduos em cada categoria e respectivo intervalo de confiança a 95% (IC95%) foi obtida com base na estatística de Wald. RESULTADOS Há 483 doentes com avaliação nos três momentos, com idade média à data de internamento de 74,2 (±10,9) anos, dos quais 59% (n=285) são homens, 25,1% (n=121) com PACI, 27,3% (n=131) com LACI, 19,3% (n=93) com TACI, 12,8% (n=62) com POCI e 15,7% (n=76) com AVC hemorrágico. Entre a admissão e a 1ª consulta após a alta verificou-se redução significativa da proporção de indivíduos com dependência total, qualquer que seja o tipo de AVC, embora a redução seja mais expressiva entre admissão e alta. A proporção de dependência total nos vários momentos é maior para TACI e menor para LACI, mantendo as restantes tipologias valores intermédios. Relativamente a TACI verificou-se uma proporção de dependência total de 84,9% (IC95%: 77,7; 92,2) no momento da admissão que reduziu significativamente para 44,1% (IC95%: 34,0; 54,2) na alta e de forma menos expressiva para 36,6% (IC95%: 26,8; 46,4) na primeira consulta. Nos doentes com AVC do tipo LACI, a proporção de dependência total foi de 34,4% (IC95%: 26,2; 42,5) na admissão, reduzindo significativamente para 8,4% (IC95%: 3,7; 13,2) na alta, observando-se na primeira consulta após a alta uma proporção de 9,2% (IC95%: 4,2; 14,1). CONCLUSÃO Os resultados sugerem um intenso investimento da unidade de AVC na reabilitação destes doentes durante o internamento. Considera-se pertinente a continuidade do processo de reabilitação após a alta.
- Ganhos em independência funcional no doente com AVCPublication . Salselas, Susana; Gomes, Maria José; Teixeira, CristinaO Acidente Vascular Cerebral (AVC) representa a principal causa de dependência funcional da população adulta portuguesa. Conhecer os fatores que possam aumentar os ganhos em independência funcional é crucial para uma melhoria na abordagem destes doentes. Objetivo – Analisar os ganhos em independência funcional no doente que sofreu AVC considerando a diferença no Índice de Barthel entre a admissão e a alta e desde a alta até à primeira consulta. Métodos – Estudo de coorte retrospetivo, utilizando a base de dados hospitalar para doentes admitidos numa unidade de AVC entre 2010 e 2014. O Índice de Barthel (IB) na admissão, alta e primeira consulta após alta foi usado para calcular ganhos em independência funcional por dia entre a admissão e a alta (diferença entre IB na alta e na admissão dividindo pelo número de dias de internamento) e por semana entre a alta e a primeira consulta (diferença entre IB na primeira consulta e na alta dividindo pelo número de semanas entre a alta e a consulta). Com modelos de regressão linear avaliou-se a influência de fatores demográficos, clínicos e o destino após a alta nos ganhos em independência funcional por dia e por semana, obtendo-se coeficientes de regressão e respetivo intervalo de confiança a 95% (IC95%). Resultados – Nos 483 doentes estudados, a idade mediana é 76 anos, 59,0% são homens, 84,3% têm AVC isquémico e 30,6% foram para o domicílio após a alta. A independência funcional por dia aumentou nos anos mais recentes, particularmente em 2013 em que este parâmetro aumentou 1,164 pontos (com IC95%: 0,192 e 2,135; p=0,019) em comparação com 2010. Também o diagnóstico influenciou os ganhos diários em independência funcional, com LACI e PACI apresentando um aumento estatisticamente significativo de 1,372 pontos (IC95%: 0,324 e 2,421; p=0,010) e de 1,275 pontos (IC95%: 0,037 e 2,514; p=0,044), respetivamente, em comparação com POCI. Relativamente à independência funcional por semana, idades mais avançada e score elevado do IB na alta estão associados a menos ganhos por semana (p<0,001 e p=0,002). Também o destino após alta influencia os ganhos por semana, doentes encaminhados para unidades de convalescença apresentam ganhos de 1,289 pontos (IC95%: 0,661 e 1,917; p<0,001) em comparação com os doentes que foram para o domicílio. iv Conclusões – Houve melhoria na evolução funcional entre a admissão e a alta dos doentes em anos mais recentes sugerindo melhorias nas unidades de AVC. Atenção particular deve ser dada a estes doentes após a alta, particularmente nos de idade mais avançada.
- Neurorehabilitation and its impact on functional status in patients who have suffered a strokePublication . Salselas, Susana; Lopez-Espuela, Fidel; Gomes, Maria José; Preto, Leonel; Rico-Martin, SergioStroke represents the main cause of functional dependence and in the Portuguese adult population. Objective: To analyse the impact of rehabilitation on functional state and basic activities of daily life (ABVD), 8 weeks following a stroke, in a population of elderly people in north-western Portugal. Methodology: Observational, longitudinal and retrospective study. The patients were grouped into 3 groups according to the rehabilitation treatment received: non-rehabilitation (NR), light rehabilitation (RL) and intense rehabilitation (RI). Sociodemographic data, clinical variables (on stroke), hospital stay, rehabilitative treatment, and functional status (Barthel index) were collected. Results: 350 patients, with a mean age of 75.83 (± 8.02) years. The hospital stay was longer in the group of RL (19.7 [± 8.69]), RI (17.67 [± 10.05]) and of those who did not undergo rehabilitation (10.97 [± 6.96]) (P = .001). A significant increase (P < .001) was observed in the Barthel index scores from admission to 8 weeks after the stroke. Age (P = .003) and hospital stay (P = .013) were shown as risk factors for functional dependence. Similarly, taking as a reference the patients who did not undergo rehabilitation, the subjects who underwent light rehabilitation (OR: 6.37; 95% CI: 1.74-23.25; P = .005) and intensive rehabilitation (OR: 2.28; 95% CI: 1.08-4.82; P = .030), had a significantly higher risk of presenting functional dependence Conclusion: Undergoing intensive rehabilitation improves functional state and ABVD compared to light rehabilitation, 8 weeks following a stroke in elderly patients.