Browsing by Author "Mesquita, Sandra"
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- BioclimatologiaPublication . Mesquita, Sandra; Capelo, Jorge; Aguiar, CarlosA bioclimatologia ocupa-se do estudo das relações entre os padrões de temperatura, precipitação e de outros parâmetros climáticos que, condicionando o desenvolvimento das plantas, determinam a distribuição geográfica destas em várias escalas espaciais e, por inerência, a distribuição das comunidades vegetais, dos ecossistemas e dos biomas da Terra. A bioclimatologia, neste sentido, é uma ciência geobotânica de carácter auxiliar que recorre a parâmetros e índices que sintetizam a resultante útil do clima para as plantas, isto é, o bioclima, e permite reconhecer, em distintas escalas espaciais, unidades climáticas uniformes que correspondem a unidades territoriais com conteúdo ecológico uniforme. Dito de forma inversa, a bioclimatologia procura encontrar limiares nos valores dos índices que correspondam às descontinuidades observadas na composição da paisagem vegetal. Deve notar-se que a relação entre o bioclima e a composição das comunidades vegetais pode ser direta, isto é, influir na fisiologia das plantas, ou indireta, interferindo em processos ecológicos complexos, como a competição interespecífica ou a sucessão ecológica.
- Introdução à carta biogeográfica de Portugal (Costa et al. 1998).Publication . Aguiar, Carlos; Mesquita, Sandra; Honrado, João JoséAs fronteiras e as unidades biogeográficas reconhecidas na “Carta Biogeográfica de Portugal” de Costa et al. (1998) emergiram da identificação e da cartografia de comunidades vegetais e de séries de vegetação, em acordo com os métodos e conceitos da Escola Sigmatista de Fitossociologia. Embora não contenha qualquer componente zoogeográfica e actualmente esteja em curso uma revisão do texto e da cartografia de 1998, a inclusão neste atlas de uma descrição abreviada da “Carta Biogeográfica de Portugal” justifica-se pelo seu valor heurístico, pela estreita correlação encontrada entre as unidades biogeográficas então propostas e os padrões de distribuição de alguns tipos de uso do território (e.g. sistemas de agricultura) ou de alguns grupos de animais (e.g. peixes de água doce) ou de plantas vasculares (e.g. endemismos dos géneros Armeria e Ulex) e, ainda, pelo facto da tipologia biogeográfica desenvolvida por aqueles autores ser citada com frequência na bibliografia portuguesa da especialidade.
- Mapa de aptidão ao pastoreio: primeiro esboço de cartografia da aptidão à utilização das comunidades herbáceas espontâneas como pastoPublication . Mesquita, Sandra; Capelo, Jorge; Aguiar, CarlosApresenta-se um Mapa de Aptidão ao Pastoreio elaborado no âmbito do projeto “Ordenamento Potencial da Paisagem de Base Ecológica. Aplicação a Portugal”, em resposta à solicitação de cartografia de áreas com potencialidade para a exploração de pastagens naturais. Pretende-se, neste projeto, conhecer a aptidão ecológica do território continental português à instalação das diversas actividades, entre as quais o pastoreio com base nos prados espontâneos - pastagens naturais anuais ou vivazes, ocorrentes tipicamente no sobcoberto de montado, em mosaicos com comunidades arbustivas ou em terrenos agrícolas em pousio, com menos frequência em áreas geridas especificamente com o objetivo de manter áreas de pasto. A integração do mapa apresentado com outros mapas de aptidão, nomeadamente agrícola e silvícola, será executada posteriormente, para determinação dos usos mais adequados ao território. A metodologia empregue consistiu no desenvolvimento de um conjunto de regras, estabelecidas com base em conhecimento de especialista. Estas regras visam estabelecer a aptidão do território, considerando uma escala de três valores - aptidão nula a baixa, aptidão média e aptidão elevada - a partir das características ecológicas consideradas mais influentes na definição da adequabilidade para a pastagem: bioclima e morfologia do terreno, cartografados anteriormente. As unidades bioclimáticas consideradas são combinações de macrobioclima, ombrotipo e termotipo, que refletem a uma escala regional as limitações às plantas impostas pela disponibilidade de água e pela temperatura. A morfologia do terreno permite separar as situações de fundo de vale aplanado, de vertente e de topo aplanado, que se modificam localmente as condições de disponibilidade de água para as plantas e refletem ainda, globalmente, grandes tipologias de solos. As regras assim definidas foram implementadas num Sistema de Informação Geográfica (SIG), consistindo esta fase na sua tradução num conjunto de condições que foram posteriormente implementadas através de uma sucessão de operações de álgebra de mapas e de reclassificação, sobre uma base cartográfica digital.
- A methodological approach to potential vegetation modeling using GIS techniques and phytosociological expert-knowledge: application to mainland PortugalPublication . Capelo, Jorge; Mesquita, Sandra; Costa, José C.; Ribeiro, Sílvia; Arsénio, Pedro; Neto, Carlos; Monteiro-Henriques, T.; Aguiar, Carlos; Honrado, João José; Espírito Santo, Dalila; Lousã, MárioAn attempt to obtain a consistent spatial model of natural potential vegetation (NPV) for the mainland Portuguese territory is reported. Spatial modeling procedures performed in a Geographic Information System (GIS) environment, aimed to operationalize phytosociological expert-knowledge about the putative distribution of potential zona1 forest communities dominant in the Portuguese continental territories. The paradigm for NPV assumed was that of RIVAS-MARTINEZ (1976) and RIVAS-MARTINEZ et al. (1999), which presupposes, for a given territory, a univocal correspondence between a uniform combination of bioclimatic stage and lithology given a biogeographical context, and a unique successional sequence leading to a single climax community (i. e. a vegetation series (VS)).
- Ordem ecológica e desenvolvimento. O futuro do território portuguêsPublication . Lopes, Ana Müller; Saavedra, Andreia; Abreu, João Melo; Silva, João Ferreira; Barata, Leonor Themudo; Franco, Luísa; Leitão, Manuel Azevedo; Cunha, Natália; Mesquita, Sandra; Rosa, Isabel Sousa; Lopes, Joana; Gorjão, José Jorge; Aguiar, Carlos; Capelo, Jorge; Palma, Jorge; Magalhães, Manuela RaposoO estudo realizado permitiu tirar algumas conclusões relativamente à ocupação do solo, em Portugal, reportandose a 2007, data da última carta de ocupação e uso do solo (COS). Estas conclusões pressupõem a base ecológica do território, avaliada através da aptidão ecológica aos grandes grupos de actividades humanas, incluindo agricultura, silvicultura e edificação, às culturas agrícolas, às espécies arbóreas, pastagens espontâneas e aos matos. As metodologias utilizadas são descritas ao longo deste livro. Seguidamente apresentam-se as conclusões consideradas mais importantes
- Séries de vegetação de PortugalPublication . Capelo, Jorge; Aguiar, Carlos; Mesquita, SandraAs primeiras formulações científicas da paisagem vegetal são do século XVIII, notavelmente as de Alexander von Humboldt (Humboldt, 1814-25). Para este autor, o «carácter global» de uma dada região da Terra, isto é, a sua paisagem, poderia ser percebido como o resultado das forças geológicas e climáticas nela concorrentes, que, por seu turno, determinam o carácter das suas formações vegetais. A formulação da paisagem como sendo uma combinação característica de ecossistemas é bem conhecida dos textos de Carl Troll (Troll, 1968), mas foi Oriol de Bolòs y Capdevilla (Bolòs,1963 e 1984) que, ainda antes, afirmou que a paisagem vegetal poderia ser sistematizada pelo estudo dos mosaicos de tipos de vegetação. A ideia de que os mosaicos de vegetação poderiam ser objeto de atenção científica por si mesmos surge no âmbito da fitossociologia, nos trabalhos de Braun-Blanquet & Furrer (1913) e Braun-Blanquet & Pavillard (1922). Estes três últimos autores reconhecem que mosaicos de comunidades vegetais correspondentes a combinações repetitivas se achavam em locais com geomorfologia e, em geral, condições ambientais análogas. Estes autores, no entanto, não distinguem quais os processos ecológicos dinâmicos, inerentes à própria vegetação, que possam estar na origem dos diversos de mosaicos de vegetação.
- Sinopse da biogeografia de PortugalPublication . Capelo, Jorge; Aguiar, Carlos; Mesquita, SandraA biogeografia tem como objeto a distribuição espacial dos seres vivos e dos ecossistemas no espaço geográfico e ao longo do tempo geológico. No caso das plantas, a fitogeografia ocupa-se dos padrões de distribuição geográfica das espécies, comunidades, fitocenoses e ecossistemas e dos fatores ambientais e históricos em diferentes escalas espaciais e temporais que controlam essa mesma distribuição. Num sentido restrito, a fitogeografia ocupa-se do estudo das espécies de plantas, isto é, da flora, consideradas individualmente até a um nível agregado das “floras”, em função das afinidades ecológicas coletivas das plantas e sobretudo da sua origem pretérita comum, isto é, a sua raiz paleobiogeográfica comum num período geológico passado (ex., a flora de Rand, a flora madreana, a flora tetisiana, a flora cólquica). Num sentido contemporâneo, a fitogeografia, para além da flora, engloba também o estudo dos padrões de distribuição geográfica dos níveis de maior complexidade estrutural e funcional, isto é, ecossistémicos, que são o da comunidade, da fitocenose, do ecossistema e, por fim, dos biomas; e os fatores geográficos (solo, clima, ecológicos, evolutivos e históricos) que se associam a essa distribuição. Assim, ao estudo da distribuição de táxones pode aplicar-se a designação de corologia e à distribuição geográfica de unidades fitossociológicas, sejam sintáxones, séries ou geosséries, a designação de sincorologia.