Browsing by Author "Azevedo, Helena Isabel Vieira"
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- Composição química da folha e do caule de Calamintha baeticaPublication . Azevedo, Helena Isabel Vieira; Santos, Sónia A.P.; Rodrigues, Nuno; Santos, Clementina M.M.A área das plantas aromáticas e medicinais teve uma dinâmica de crescimento notável nos últimos anos incentivada pela procura de novos produtos bioativos mas também como fonte de nutrientes. O género Calamintha pertence à família Lamiaceae e em Portugal o seu uso está intrinsecamente associado às suas propriedades aromáticas, condimentares, ornamentais ou medicinais, tendo como exemplos a Salvia (salva), Ocimum (manjericão), Origanum (orégão), Mentha (hortelã), Romarinus (alecrim), Melissa (erva cidreira) e Calamintha (erva-das-azeitonas). A espécie da planta Calamintha baetica Boiss et Heldr encontra-se largamente distribuída pela região do Mediterrâneo e é considerada uma espécie pioneira colonizadora, principalmente de prados secos; de berma dos caminhos rurais, de terrenos selvagens na orla dos pinhais. As folhas produzem um aroma agradável, entre hortelã e orégãos, sendo muito apreciadas para temperos na cozinha e para fazer infusões. Em alguns lugares é usada para temperar azeitona e talvez por isso seja também conhecida por erva-das-azeitonas, mas também é designada por nêveda ou calaminta. Neste trabalho pretende-se caracterizar a folha e o caule da espécie C. baetica no que respeita à sua composição química. Para o efeito quantificaram-se os seguintes parâmetros: humidade, cinzas, gordura, proteínas, hidratos de carbono e valor energético e também se estudou o perfil em ácidos gordos por cromatografia gasosa acoplada a um detetor de ionização de chama (GC/FID). A amostra de folha de C. baetica revelou uma maior percentagem em proteína, com 11,81% (m.s.) e o caule em hidratos de carbono, com 20,54%. No que respeita a teores em gordura, a amostra de folha evidenciou valores ligeiramente superiores (3,30%, m.s.) aos do caule (1,13%, m.s.). A análise por cromatografia gasosa permitiu identificar três ácidos gordos maioritários (% relativas), entre os quais os polinsaturados α-linolénico, com 69,11% e 44,93% e o linoleico com 10,03% e 23,83% e ainda o saturado palmítico, com 11,55% e 17,09% para a amostra de folha e caule, respetivamente.
- Composição química da folha e do caule de Calamintha baetica. Efeito do solvente na extração de compostos antioxidantesPublication . Azevedo, Helena Isabel Vieira; Santos, Clementina M.M.As plantas aromáticas e medicinais revelam uma grande importância na atualidade para aplicação nas mais diversas áreas devido, principalmente, às suas propriedades biológicas mas também como fonte de nutrientes. A Calamintha baetica é uma planta aromática da família Lamiaceae que em tempos era usada tanto para a cura de algumas doenças como para temperos em certas receitas culinárias. Neste trabalho pretendeu-se caracterizar a folha e o caule da espécie Calamintha baetica Boiss et Heldr no que respeita à sua composição química e às suas propriedades antioxidantes. Para o efeito, quantificaram-se os seguintes parâmetros: humidade; cinzas; gordura; proteínas; hidratos de carbono e valor energético e também se estudou o perfil de ácidos gordos por cromatografia gasosa acoplada a um detetor de ionização de chama (GC/FID). Foram usados vários solventes para avaliar a extratabilidade de compostos antioxidantes, entre eles, acetato de etilo, acetona e metanol à temperatura ambiente e a água à temperatura de extração de 50 ºC. Para avaliar a atividade antioxidante dos diferentes extratos recorreram-se aos ensaios do efeito bloqueador de radicais livres de 1,1-difenil-2-picrilhidrazilo (DPPH), determinação do poder redutor e avaliação da capacidade redutora total através do método Folin-Ciocalteau. Da análise quantitativa em nutrientes, a amostra de folha de Calamintha baetica revelou uma maior percentagem em proteína, com 11,81 % e o caule em hidratos de carbono, com 20,54 %. No que respeita a teores em gordura, a amostra de folha evidenciou valores ligeiramente superiores (3,30 %) aos do caule (1,13 %). Energeticamente apresentaram valores semelhantes, aproximadamente 111 kcal/100g de amostra. A análise por cromatografia gasosa permitiu identificar três ácidos gordos maioritários, entre os quais os polinsaturados α-linolénico, com 69,11 % e 44,93 % e o linoleico com 10,03 % e 23,83 % e ainda o saturado palmítico, com 11,55 % e 17,09 % para a amostra de folha e caule, respetivamente. O rendimento de extração obtido, para as amostras da planta Calamintha baetica, foi superior para o solvente mais polar, a água, (21,11 a 34,75 %), seguido do metanol (8,48 a 15,63 %) e com rendimentos mais baixos e próximos entre si, os solventes menos polares, o acetato de etilo e acetona (1,53 a 4,19 % para o acetato de etilo e 1,41 a 5,04 % para a acetona), apresentando a amostra de folha maiores rendimentos relativamente à amostra de caule. A atividade antioxidante analisada nos diferentes extratos foi superior para o extrato metanólico obtido para a amostra de folha, traduzindo-se em valores de EC50 mais baixos (0,24 mg/mL de efeito bloqueador de radicais livres de DPPH e 0,52 mg/mL para o poder redutor) e revelaram uma capacidade redutora total também superior, com cerca de 54 mg EAG/gextrato, quando comparada com o extrato obtido para a amostra de caule. Neste, para além dos valores de EC50 se revelarem superiores ao extrato de folha, não variaram muito entre os dois métodos. Os extratos aquosos não apresentaram diferenças entre as amostras de folha e caule para os métodos do efeito bloqueador de radicais DPPH e poder redutor e também entre as respetivas amostras. Os extratos de acetato de etilo e acetona permitiram evidenciar que os respetivos solventes não se revelam bons agentes na extração de compostos antioxidantes na folha e caule de Calamintha baetica, revelando baixas concentrações em compostos fenólicos extraídos, ou seja revelaram uma baixa capacidade redutora total. O estudo permitiu concluir que, caso se pretenda rentabilizar compostos com propriedades antioxidantes dever-se-á ter em conta o tipo de solvente, as condições de extração e por último as características químicas da amostra, que podem influenciar na disponibilidade de compostos para a análise. Assim, no presente estudo, o metanol apresentou-se como o solvente mais indicado para a extratabilidade de compostos antioxidantes na planta Calamintha baetica, sendo a folha aquela que evidenciou maiores potencialidades antioxidantes que o caule.