Vieira, Danielle MachadoBarbosa, Kalina SilvaCrsipim, Maria CristinaGeraldes, Ana Maria2019-02-122019-02-122018Vieira, Danielle Machado; Barbosa, Kalina Silva; Crsipim, Maria Cristina; Geraldes, Ana Maria (2018). Uso da biorremediação na aquicultura. In II Simpósio Internacional de Águas, Solos e Geotecnologias (SASGEO): livro de resumos. Vila Real. ISBN 978-989-704-263-8978-989-704-263-8http://hdl.handle.net/10198/18858A aquicultura, assim como outras atividades agropecuárias, pode ser poluidora do ambiente, por meio da degradação da qualidade da água dos corpos receptores. Porém, a introdução de métodos de tratamento e reuso da água nas atividades produtivas reduz em até 90% os nutrientes e o material em suspensão na descarga final. O biofilme, em ambientes aquáticos, é considerado um sistema de biorremediação, onde encontram-se microorganismos, algas, protozoários, microcrustáceos e rotíferos, o que o forma um sistema biológico completo. O objetivo deste trabalho, foi desenvolver uma biotecnologia para o tratamento de água em tanques/viveiros de piscicultura, para melhorar a qualidade de água e assim diminuir estress aos animais e melhorar a produção. Para isso, foram colocados substratos para a colonização do biofilme em formato retangular com cortinas de plástico suspensas, com 50 cm de distância entre elas, amarrados com cordão de nylon a estruturas de flutuação. Cada conjunto de cortinas foi presa a um módulo flutuante. Foi usado um espaço de tratamento equivalente a um total de 50% da superfície de cada viveiro em tréplicas. Foi realizado monitoramento mensal da qualidade da água, através da análise de variáveis físicas, químicas e biológicas, e a biometria dos peixes. Os resultados mostraram maior transparência da água nos tanques que receberam os módulos de tratamento com biofilme. Os valores de amônia, nitrato e ortofosfato, apresentaram-se mais elevados nos taques controle. Já os valores de oxigênio dissolvido chegaram a 15 mg/l nos tanques com tratamento e 5 mg/l nos tanques controle. As espécies zooplanctônicas com maior diversidade e abundância, em todos os tanques, foram os rotíferos, principalmente, espécies do gênero Brachionus e Keratella. Nos tanques com módulos, ocorreu maior densidade de espécies de cladóceros e copépodes calanoides, típicos de ambientes menos eutrofizados. Ao final de quatro meses de experimento, a média do comprimento total dos peixes foi de 38,5cm nos tanques com tratamento de biofilme, e 30cm nos tanques controle, demonstrando que o biotratamento resultou em maior produção, sendo assim este sistema de biotratamento poderá ser usado em outras produções aquícolas, inclusive carcinicultura, que tem tantos impactos ambientais.porPisciculturaBiotratamentoBiofilmeconference object