Aguiar, CarlosPinto, B.2011-06-272011-06-272008Aguiar, Carlos; Pinto, Bruno (2008). A paisagem vegetal e o uso do território ao longo do tempo. In Atlas das Aves Nidificantes em Portugal. Lisboa: Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, Assírio & Alvim. p. 47-50. ISBN 978-972-37-1374-9978-972-37-1374-9http://hdl.handle.net/10198/5400A estabilidade macroclimática é uma ilusão transmitida pela nossa curta esperança de vida. À escala geológica, desde tempos geológicos muito remotos (cf. Briggs 1995), nos terrenos que hoje constituem o território português, o clima oscilou entre os frios glaciares e os calores tropicais, passando pelos macroclimas de tipo temperado e mediterrânico (Suc 1984). No início da época Miocénica (23,8-5,3 Ma BP*) grande parte da Península Ibérica estava submetida a um macrobioclima de tipo tropical, com chuvas bem distribuídas ao longo do ano e, à excepção das montanhas, com uma estação fria amena e sem geadas. Cobriam a Península Ibérica amplas florestas tropicais e subtropicais, entre as quais sobressaíam pela sua abundância as florestas laurifólias (laurissilva), i.e. florestas dominadas por espécies de folhas grandes, largas, por norma inteiras (não recortadas), persistentes, sem pêlos, rijas, lisas e brilhantes. A partir do Miocénico Médio a flora e a vegetação ibéricas foram profundamente marcadas por uma sucessão de convulsões geológicas e macroclimáticas, em particular pelas alterações climáticas que culminaram na transição do macrobioclima tropical para o mediterrânico no Pliocénico e pelos numerosos ciclos glaciar-interglaciar plistocénicos.porPortugalHistória ambientalA paisagem vegetal e o uso do território ao longo do tempobook part