Rodrigues, M.A.Dimande, PauloFerreira, Isabel Q.Freitas, Sara L.Correia, Carlos M.Moutinho-Pereira, JoséFernandes-Silva, AnabelaBacelar, EuniceArrobas, Margarida2018-02-072018-02-072014http://hdl.handle.net/10198/15600O uso de coberturas vegetais em olivais tradicionais de sequeiro continua a não ser uma opção dos olivicultores transmontanos. A maior parte dos produtores continua a mobilizar os seus olivais e um grupo restrito, ainda que progressivamente crescente, utiliza herbicidas. De facto, apesar das vantagens reconhecidas às coberturas vegetais, designadamente no controlo da erosão hídrica e no incremento da matéria orgânica do solo, os cobertos vivos são difíceis de gerir e tendem a reduzir a produção de azeitona devido à competição da vegetação herbácea pela água. A utilização de cobertos vegetais de leguminosas semeadas de ciclo curto pode introduzir algo mais que os cobertos vegetais de vegetação natural e facilitar a adoção da tecnologia por parte dos produtores. As leguminosas conferem igual proteção contra a erosão do solo, introduzem matéria orgânica e fixam azoto, sendo este último aspeto determinante para a redução dos custos de produção e para viabilizar o modo de produção biológico. Se forem escolhidas espécies de ciclo curto, o efeito sobre a competição pela água é reduzido. Neste trabalho comparam-se três tratamentos de gestão do solo, designadamente: um coberto de leguminosas anuais de ressementeira natural (11 espécies/variedades); um coberto de vegetação natural fertilizado com 60 kg N ha-1 ano-1; e um coberto de vegetação natural sem fertilização. Apresentam-se resultados de produção de azeitona de cinco colheitas (desde o ano da instalação do ensaio até ao quarto ano de gestão dos cobertos), do estado nutricional (em particular azotado) das oliveiras ao longo dos quatro anos de ensaio e da fertilidade do solo no fim desses quatro anos. Os resultados mostram um efeito favorável do coberto das leguminosas semeadas na fertilidade do solo e no estado nutricional das árvores, mesmo comparado com o talhão em que se aplicaram 60 kg N ha-1 ano-1. As produções foram sendo progressivamente mais elevadas ao longo dos anos no talhão de leguminosas semeadas. Os totais acumulados em cinco colheitas foram 85,1, 68,6 e 54,6 kg azeitona por árvore, respetivamente nos tratamentos leguminosas semeadas, vegetação natural com N e vegetação natural sem N.porCobertos vegetaisOlea europaeaGestão do soloNutrientes nas folhasDisponibilidade de azoto no soloEfeito de longo prazo de um coberto de leguminosas semeadas em olival de sequeiro na fertilidade do solo, no estado nutricional das plantas e na produção de azeitonaconference object