Pinto, Isabel C.Coelho, Joana C.M.M.Teixeira, AnaBernardo, CarlosVaz, Cristina2015-01-072015-01-072014Pinto, Isabel C.; Coelho, J.C.M.M.; Teixeira, Ana; Bernardo, Carlos; Vaz, Cristina (2014). Automedicação numa cidade do norte de Portugal. In 2nd World Congress of Research in Health. Viseuhttp://hdl.handle.net/10198/11503A automedicação é definida como o consumo de um medicamento sem orientação ou prescrição de profissionais competentes, no qual o próprio paciente decide o produto que será utilizado, podendo ser realizada com produtos industrializados ou remédios caseiros. Objetivos: Determinar a prevalência e a frequência da automedicação; caracterizar a terapêutica usada, motivos, averiguar a comunicação ao médico, a ocorrência de efeitos indesejáveis e o conhecimento sobre os riscos; bem como determinar fatores associados à automedicação. Métodos: O estudo realizado foi do tipo transversal e descritivo-correlacional. Nele participaram 330 indivíduos, 57,0% do sexo feminino e 43,0% do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 18 e os 88 anos (média 41,3). A recolha de dados foi realizada através de um questionário de autopreenchimento. Na análise estatística aplicaram-se medidas de tendência central e de dispersão, e o teste do qui-quadrado considerando o nível de significância de 5%. Resultados: Verificou-se que a prevalência da automedicação foi de 87,6%, dos quais 78,2% afirmam tê-lo feito no último ano; a maioria (81,2%) afirma automedicar-se apenas algumas vezes por ano, havendo uma minoria que o faz diariamente (0,9%). Recorrem com mais frequência ao Paracetamol e ao Ibuprofeno, sendo as cefaleias e constipações os principais motivos. Dos indivíduos que se automedicam, 52,1% admitem informar o seu médico dos medicamentos não prescritos que utilizam e 83,0% afirmaram não ter notado a ocorrência de efeitos indesejáveis. Da totalidade dos indivíduos inquiridos, 88,2% afirmam que a automedicação constitui algum tipo de risco para a saúde. O género e a escolaridade parecem estar associados à automedicação (p<0,001 e p=0,01, respetivamente). Conclusão: A automedicação é bastante prevalente, mas pouco frequente ao longo do ano. Os analgésicos e anti-inflamatórios são os medicamentos mais usados, devido a dores de cabeça e constipações. Apenas cerca de metade dos indivíduos que se automedicam informam o médico, e a maioria não sentiu efeitos indesejados. A automedicação é considerada como perigosa para a saúde e parece estar associada ao género e escolaridade.porAutomedicaçãoUso de medicamentos não sujeitos a receita médicaRiscoAutomedicação numa cidade do norte de Portugalconference poster