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A relação do Homem e da Natureza nasce com o próprio Homem. Deste relacionamento foi consequência lógica a progressiva descoberta dos recursos naturais e do seu aproveitamento para benefício imediato, situação que se manteve inalterada durante milhares de anos. A natureza, dominante, superava largamente os efeitos que o ser humano era capaz de exercer sobre ela. Contudo, esse equilíbrio natural modificou-se. Da deficiente e desmesurada utilização dos recursos naturais estão a resultar desequilíbrios que se revelarão desastrosos, no curto prazo. Ao destruir os solos, as florestas, os animais e as paisagens, ao urbanizar desordenadamente, ao poluir as terras, as águas e a atmosfera, ao provocar fumos e ruídos insuportáveis, originam-se rupturas de difícil restabelecimento.
Hoje, o ser humano começa a ter consciência de que a destruição do meio é a sua própria destruição. A Medicina do Ambiente estuda os efeitos e riscos provocados, em geral, por agentes exteriores sobre a saúde do ser humano numa abordagem multidisciplinar, cuja abrangência vai desde o plano natural ao sociológico. Investiga, questiona e equaciona acções preventivas para melhorar o ambiente, reduzindo assim os riscos para a saúde.
O analfabetismo funcional, tecnológico e ambiental é o mais difícil de ser erradicado e atinge pessoas com vários níveis de escolaridade. A escassez de temas relacionados com a compreensão do funcionamento do meio promove o desenvolvimento de uma visão fragmentada e incompleta da natureza. Sem o conhecimento da real dimensão dos processos geológicos, do carácter natural das mudanças globais e seus aspectos históricos, das suas correlações com a vida e sua evolução, não poderão ser formados cidadãos conscientes e sensíveis aos problemas ambientais. Neste contexto, é fundamental o reconhecimento da escala de intensificação dos processos naturais que a actividade antrópica provoca. Só proporcionando o desenvolvimento de uma visão sistémica do planeta, em que participa a Biosfera em processos interdependentes, se poderão formar cidadãos responsáveis pelo uso e ocupação do meio natural.
Assim, a presente pesquisa, sustentada numa breve revisão bibliográfica, pretende oferecer uma abordagem sistémica, integradora e transdisciplinar da Educação Ambiental, numa perspectiva multifacetada, focada na sua natureza inclusiva e abrangente.
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Keywords
Educação Ambiente Multidisciplinaridade Transversalidade
Citation
Congresso Internacional de Saúde, Cultura e Sociedade. III. Bragança, 2007