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Abstract(s)
Num planeta cuja população urbana apresenta uma tendência crescente, questões
como a qualidade do ambiente e, em particular, a qualidade de vida surgem como
requisitos essenciais na construção das cidades do futuro. Entre os principais problemas
que a gestão e o planeamento urbano enfrentam, encontram-se a degradação da qualidade
do ar, o aumento dos níveis de ruído e as alterações do clima local com influência directa
no conforto térmico humano. A esta realidade acresce ainda a constante ameaça sobre as
áreas verdes e os espaços abertos urbanos, em resultado de uma distribuição de usos do
solo cada vez mais competitiva.
A poluição atmosférica é uma realidade dos centros urbanos, desde a primeira
metade do século XX, em resultado da conjugação de um conjunto de factores que foram
contribuindo para o aumento das concentrações de material particulado, de dióxido de
carbono, de monóxido de carbono, de compostos orgânicos voláteis, de óxidos de azoto, de
ozono, entre outros. Este aumento dos níveis de poluentes atmosféricos e de gases de efeito
de estufa tem repercussões nefastas, directas e indirectas, na saúde e na qualidade de vida
dos cidadãos.
As emissões sonoras, com especial relevância para as provenientes da circulação
automóvel, estão também na origem do aumento progressivo da exposição da população a
níveis de ruído cada vez mais elevados. Segundo um estudo recente da Organização
Mundial de Saúde (OMS), o ruído provocado pelo tráfego automóvel na União Europeia
causa 40% mais mortes por ataques de coração e hipertensão do que a poluição do ar.
A qualidade térmica dos espaços abertos construídos traduz-se igualmente num
importante desafio. Muitos são os espaços urbanos que, apesar de serem construídos para
as pessoas, não alcançam essa função por não reunirem as condições mínimas de conforto
térmico. A necessidade de fomentar o uso do espaço público impõe que o ordenamento do
espaço físico tenha em consideração as características do clima urbano. Este problema é
ainda mais actual quando se discute o impacte das alterações climáticas sobre as cidades.
De entre as principais estratégias de sustentabilidade urbana, os espaços verdes
assumem-se como elementos fundamentais, capazes de mitigar os efeitos adversos do
processo de urbanização, conferindo às cidades melhores condições de habitabilidade.
Além do seu valor estético, os espaços verdes contribuem para a melhoria da qualidade do
ar, do ambiente acústico e das condições de conforto térmico.
A conferência Qualidade do Ambiente Urbano: Novos Desafios pretende constituirse
como mais um espaço de reflexão sobre os problemas urbanos, um espaço de debate
aberto entre participantes, um espaço onde se materialize a discussão de estratégias de
construção de cidades contemporâneas, de cidades sustentáveis.
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Keywords
Citation
Feliciano, M.; Gonçalves, A.; Ribeiro, A.C.; Maia, F. (Eds) (2009). Qualidade do Ambiente Urbano: Novos Desafios. Bragança: Instituto Politécnico. ISBN 978-972-745-105-0