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O Protocolo de Quioto tem como principal objectivo reduzir a emissão de gases com efeito estufa na atmosfera provenientes das actividades humanas. As acções de florestação e reflorestação, com utilização de técnicas de preparação do terreno adequadas, contribuem para uma maior produtividade dos sistemas e menores impactes no solo e no ambiente, podendo contribuir para o cumprimento dos objectivos daquele protocolo. A avaliação do sequestro de carbono decorreu num povoamento misto de Pseudotsuga menziesii (PM) e Castanea sativa (CS), com dois anos de idade, onde se testam sete modalidades de preparação do terreno com diferentes intensidades (ligeira, intermédia e intensiva), constituídas por: (1) testemunha, sem mobilização (TSMO); (2) plantação à cova, com broca rotativa (SMPC); (3) ripagem contínua, seguida de lavoura localizada com riper equipado com aivequilhos (RCAV); (4) sem ripagem e armação do terreno em vala e cômoro (SRVC); (5) ripagem localizada e armação do terreno em vala e cômoro (RLVC); (6) ripagem contínua e armação do terreno em vala e cômoro (RCVC); (7) ripagem contínua seguida de lavoura contínua (RCLC). Com o objectivo de avaliar o efeito destas técnicas no sequestro de carbono no sistema (solo e material vegetal), foram analisadas amostras de biomassa aérea e subterrânea (vegetação herbácea e espécies florestais) e de solo. As amostras de biomassa herbácea e solo foram colhidas numa área de um metro quadrado, correspondendo as amostras de solo às profundidades 0-5; 5-15; 15-30 e 30-60 cm. A biomassa das espécies florestais foi determinada a partir de 16 árvores (8 PM e 8 CS) em tratamentos de intensidade de mobilização intermédia e intensiva. Os resultados mostram: (i) mais de 90% do total de carbono armazenado no sistema encontra-se no solo, sendo que mais de 60% encontra-se nos primeiros 30 cm; (ii) os primeiros 5 cm de solo são os que apresentam menor quantidade de carbono, verificando-se um acréscimo em profundidade com o aumento da intensidade de mobilização; (iii) o contributo da vegetação herbácea e respectivas raízes é pouco expressivo; (iv) a massa de carbono por árvore é mais elevada em CS do que em PM, e é idêntica entre tratamentos no caso de CS e muito diferente no caso de PM; (v) o armazenamento global de carbono foi afectado pela mobilização, ocorrendo geralmente, uma redução no armazenamento com o aumento da intensidade de mobilização.
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Citation
Fonseca, Felícia; Martins, Afonso; Figueiredo, Tomás; Guerra, Alzira; Nogueira, Clotilde (2006). Avaliação do efeito de operações de preparação do terreno no armazenamento e distribuição de carbono em jovens povoamentos florestais. In IV Congreso de Física y Química Ambiental. Cáceres. ISBN 84-611-0875-2