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Actividade fĂ­sica e incidĂȘncia de obesidade total e central

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Introdução: Existe uma relação de dependĂȘncia entre a actividade fĂ­sica (AF) e a obesidade, no entanto, Ă© importante esclarecer quais as dimensĂ”es deste factor de risco modificĂĄvel se associam mais fortemente com o desenvolvimento de novos eventos. Este estudo tem o objectivo de estimar a associação entre os diferentes tipos de AF e a incidĂȘncia de obesidade total e central numa população urbana Portuguesa. MĂ©todos: Avaliaram-se prospectivamente 1515 adultos (18-92 anos), residentes no Porto, seleccionados pela tĂ©cnica de aleatorização de dĂ­gitos telefĂłnicos (Coorte EPIPorto). Os perĂ­odos de avaliação decorreram entre 1999-2003 e 2005-2007. Foram considerados para o cĂĄlculo da incidĂȘncia 1185 indivĂ­duos sem obesidade na avaliação basal e 1030 indivĂ­duos sem obesidade central na primeira avaliação. O tempo mĂ©dio (desvio padrĂŁo) de seguimento foi de 4,3 (2,3) anos. Mediu-se o peso, a altura e o perĂ­metro da cintura (PC) em todos os participantes e foram classificados como obesos os indivĂ­duos com IMC>=30 kg/m2 e com obesidade central os indivĂ­duos com PC>88 cm e PC>102 cm no 2Âș momento de avaliação, mulheres e homens respectivamente. O dispĂȘndio energĂ©tico foi estimado usando o questionĂĄrio de AF que avalia o tempo despendido em diferentes actividades (min/dia) e o correspondente equivalente metabĂłlico (MET), tendo em consideração o ano prĂ©vio Ă  entrevista e discriminando os diferentes tipos de actividade: AF total, AF ocupacional e AF de lazer. A ingestĂŁo energĂ©tica total foi avaliada por questionĂĄrio semi-quantitativo de frequĂȘncia alimentar. Estimou-se a associação entre os diferentes tipos de AF e a incidĂȘncia de obesidade, usando a regressĂŁo de Poisson. Resultados: Foram identificados 90 novos casos de obesidade total e 213 novos casos de obesidade central, dos quais 70,0% e 72,3% sĂŁo do sexo feminino, respectivamente. ApĂłs ajuste para a idade, a escolaridade e a ingestĂŁo energĂ©tica total, apenas as mulheres envolvidas em AF de lazer moderada (4-6 METs) ou vigorosa (>=6 METs) apresentaram um risco significativamente inferior de desenvolverem obesidade, definida pelo IMC, quando comparadas com as mulheres com uma AF de lazer leve (<4 METs), RR (95%IC)=0,18 (0,05-0,61) e RR (95%IC)=0,56 (0,33-0,96), respectivamente. NĂŁo se observou qualquer associação entre o dispĂȘndio energĂ©tico total, a AF ocupacional e o desenvolvimento de obesidade total bem como nĂŁo foi encontrada qualquer associação significativa entre os diferentes tipos de AF e a obesidade central, em ambos os sexos. ConclusĂ”es: Nesta população, apenas no sexo feminino, a AF de lazer moderada ou vigorosa mostrou ter um efeito protector no desenvolvimento de obesidade total.

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CamĂ”es, Miguel; Lopes, Carla (2008). Actividade fĂ­sica e incidĂȘncia de obesidade total e central. In Revista Portuguesa de Cardiologia. Linda-a-Velha

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Sociedade Portuguesa de Cardiologia

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