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Abstract(s)
Partindo da definição de InteligĂȘncia Emocional, (Salovey e Sluyter, 1999: 23), e, usando as cinco capacidades como sub-construtos (Goleman 1995, 1999), para a configurar, foi formulada a conceptualização da CompetĂȘncia Emocional, como um conceito ao qual se acede a partir do nĂvel de realização emocional:
- num primeiro percurso quantitativo, atravĂ©s das respostas de uma amostra tipo âbola de neveâ de 464 professores do Ensino BĂĄsico e SecundĂĄrio
- num segundo percurso qualitativo, através dos dispositivos discursivos de uma amostra intencional, de 18 professores.
O estudo, no global, tinha como finalidade conhecer/identificar os comportamentos e atitudes, que na percepção do professor, identificariam a CompetĂȘncia Emocional, (Goleman,1995, 199).
A abordagem metodolĂłgica foi concebida no sentido de encontrar dois tipos de respostas, para aceder ao objecto de estudo:
- o percurso quantitativo desenvolveu-se partindo do princĂpio que os comportamentos e atitudes preconizados por Goleman(1995) no seu construto, se relacionavam positiva e significativamente com as cinco Capacidades, e estas por sua vez se relacionavam positiva e significativamente com a CompetĂȘncia Emocional.
- o percurso qualitativo desenvolveu-se para aceder Ă compreensĂŁo destas evidĂȘncias, e procurar respostas Ă s questĂ”es daĂ emergentes.
Os resultados obtidos revelaram os seguintes dados:
- A amostra, segundo a sua percepção, revelou-se por norma e frequentemente Competente Emocional.
A CompetĂȘncia Emocional foi aqui defendida como uma competĂȘncia abrangente, com propriedades de interacção no tecido educativo, mas como um processo, construĂdo a partir do sujeito sobre si prĂłprio, de natureza auto e hetero perceptiva e contextualmente interpretativa.
Os estudos empĂricos efectuados, demonstraram a evidĂȘncia desta posição assumida. Em conclusĂ”es finais, o que identifica a CompetĂȘncia Emocional dos professores, podem ser assumidas nas seguintes ideias:
1. A construção discursiva da CompetĂȘncia Emocional Ă© um processo de construção discursiva de estratĂ©gias pessoais e subjectivas de conseguir sentimentos de bem-estar, e de eficĂĄcia pessoal ao nĂvel contextual e relacional;
2. O discurso da CompetĂȘncia Emocional estĂĄ ancorado na interacção com os outros, na dinĂąmica do contexto, e portanto, enraizado na partilha social, ao nĂvel dos comportamentos e das respectivas consequĂȘncias;
3. Os dispositivos discursivos constroem um discurso de nĂveis diferentes de CompetĂȘncia Emocional, que estĂŁo ancorados:
- nas estratégias que os sujeitos desenvolvem, adaptadas ao meio em que se movimentam;
- nas convicçÔes pessoais, valores, e experiĂȘncias pessoais, que determinam, em consequĂȘncia o tipo de envolvimento com os fenĂłmenos sociais e relacionais
- no tipo de personalidade, do ponto de vista de como o sujeito se relaciona com as suas prĂłprias vivĂȘncias, as formas como as consegue historiar, e a tonalidade emocional que emerge dessas vivĂȘncias;
4. A construção discursiva de CompetĂȘncia Emocional gera imagens de nĂveis de competĂȘncia, que reflecte o carĂĄcter de heterogeneidade que emergiu dos resultados do percurso quantitativo.
5. A construção da âMaior CompetĂȘncia Emocionalâ estĂĄ relacionada com estados emocionais de tonalidade positiva e Percepção positiva de si e auto-confiança, e por oposição a âMenor CompetĂȘncia Emocionalâ estĂĄ relacionada com estados emocionais de tonalidade negativa, e Percepção Positiva de Si pouco positiva, sem evidencias discursivas de auto-confiança.
6. A CompetĂȘncia Emocional pode expressar-se por temas-padrĂŁo que identificam de de forma dicotĂłmica mas nĂŁo completamente opositora
Description
Keywords
CompetĂȘncia emocional InteligĂȘncia emocional Construção discursiva Sincronismo emocional Estado de fluxo
Citation
Veiga-Branco, Augusta (2007). CompetĂȘncia Emocional em Professores. In coord. Candeias, Adelinda AraĂșjo ; Almeida, Leandro S.. InteligĂȘncia Humana : investigação e aplicaçÔes. Coimbra: Quarteto. p.361-379. ISBN 978-989-558-094-1