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Abstract(s)
A Actividade Física (AF) tem um papel fundamental na prevenção e tratamento das doenças crónicas, nomeadamente da doença cardiovascular. A sua medição, de uma forma válida e precisa, é um grande desafio para o epidemiologista que olha para este comportamento modificável como determinante major de saúde. Uma vez que a AF é definida como sendo qualquer movimento corporal produzido pela contracção do músculo esquelético resultando num aumento do dispêndio energético, a avaliação e monitorização da AF em larga escala deve incluir o total energético dos diferentes tipos de actividade ao longo das 24h que compõem o dia-a-dia do indivíduo. Adicionalmente, outras dimensões da AF assumem grande relevância, como a intensidade e a frequência da exposição a este mesmo comportamento. Universalmente, não existe nenhum método de avaliação imaculado de desvantagensdesprovido de desvantagens. Sendo assim, existem métodos altamente objectivos e precisos na avaliação do dispêndio energético, como por exemplo, a água duplamente marcada e a calorimetria mas que assumem grande complexidade e custos elevadíssimos, sendo usados frequentemente como métodos gold-standard de validação em pequenas amostras. Outros métodos, como frequencimetros, acelerómetros e podómetros, disponibilizam medidas objectivas de predizer a AF e, consequentemente, o dispêndio calórico a ela associado, mas apresentam a dificuldade de estimar a AF habitual, implicando grandes custos quando aplicados na vigilância e monitorização populacional. Com um decréscimo significativo na validade e precisão de medição e com um aumento relevante na facilidade da avaliação, surgem os questionários de AF. Por questões práticas e económicas, a maior parte dos estudos epidemiológicos sustentam a avaliação da AF em questionários previamente validados e devidamente testados. Os questionários de AF estruturados, permitem avaliar as diferentes dimensões da AF que, por sua vez, não são possíveis de obter quando aplicados métodos mais objectivos e, têm o potencial de estimar, de uma forma igualmente válida, o dispêndio energético habitual das populações, permitindo a sua monitorização ao longo do tempo.
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Citation
Camões, Miguel (2010). Avaliação da actividade física. In Endocrinologia, Diabetes e Obesidade. Porto
Publisher
Núcleo de Endocrinologia, Diabetes & Obesidade