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Abstract(s)
O período após a II Guerra Mundial foi determinante em questões de direitos humanos: a partir de 1945, mas, de forma mais decisiva, em 1948, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Este será o ponto de partida para a apresentação da história recente de uma panóplia de documentos internacionais que contribuíram para a paulatina mudança de paradigma relativamente à deficiência e incapacidade: do paradigma médico-clínico e assistencialista transitou-se para o paradigma inclusivo. Pretende-se, assim, explorar os contributos que este novo paradigma acarretou para a igualdade de oportunidades na fruição cultural das pessoas com deficiência e incapacidade. Esta fruição cultural, inscrita e assegurada pela Constituição da República Portuguesa (artigos 13.º, 71.º e 73.º), pode compreender diversos espaços de lazer, tais como cinemas, teatros, museus e galerias de arte, espaços históricos, religiosos, desportivos, entre outros. É neste sentido que o conceito de inclusão (mais premente desde 1994) é concretizado em diferentes práticas de acessibilidade. No entanto, quando se discute a equidade no acesso das pessoas com deficiência e incapacidade, este é frequentemente restringido à acessibilidade física, negligenciando outras dimensões da acessibilidade, particularmente a acessibilidade sensorial, ou seja, o acesso das pessoas surdas ou com incapacidade auditiva, por um lado, e as pessoas cegas ou com baixa visão, por outro. A recolha de exemplos de boas práticas desenvolvidas em instituições de cariz cultural, tanto ao nível internacional como nacional (corroborada pelas experiências recolhidas aquando da investigação de doutoramento) permite concluir que a igualdade de oportunidades destes grupos não exige um investimento incomportável e injustificável (ideia que a crise económica ajuda a disseminar), mas antes resulta da aplicação de um conjunto de estratégias perfeitamente alcançáveis que visam assegurar, acima de tudo, o acesso de e para todos.
Description
Keywords
Deficiência/incapacidade Acessibilidade sensorial Fruição cultural Equidade
Citation
Martins, Cláudia Susana Nunes (2015). Educação para a diferença e a equidade: boas práticas na fruição cultural das pessoas com deficiência e incapacidade. In I Seminário Educação para o Desenvolvimento. Bragança
Publisher
Instituto Politécnico de Bragança, Escola Superior de Educação