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Advisor(s)
Abstract(s)
A contraceção pós-coital de emergência (CE) é o único método que pode ser utilizado
após a relação sexual para prevenir a gravidez [1]. Não é considerado um método abortivo e não
tem efeitos teratogénicos [1-2]. A sua eficácia é tanto maior quanto menor o tempo de
administração após a relação sexual desprotegida. Assim, é recomendado que a toma da pílula seja
efetuada nas primeiras 12 a 72 horas após a relação sexual. O mecanismo de ação da pilula do dia
seguinte depende da fase do ciclo menstrual onde se encontre a mulher só sendo eficaz se ainda
não tiver ocorrido a implantação do óvulo [3-4].
Objectivos: Avaliar o nível de conhecimento e a frequência de uso da contraceção de emergência
em mulheres jovens estudantes do ensino superior; e, verificar se o nível de conhecimentos está
correlacionado com a idade e o ano curricular frequentado.
Material e Métodos: Trata-se de um estudo transversal, analítico, observacional e quantitativo que
teve como base uma amostra probabilística aleatória simples constituída por 245 mulheres com
idades compreendidas entre ao 18 e os 24 anos. Os dados foram recolhidos, aplicando um
questionário anónimo de autopreenchimento, em contexto de sala de aula, no período de janeiro a
março de 2014. Estas jovens frequentavam um curso da área científica da saúde.
Resultados: O preservativo masculino foi o método contracetivo mais conhecido (100%), seguido
do preservativo feminino (96,7%), dos métodos contracetivos hormonais orais (96,1%), da
contraceção de emergência (91,4%) e do Diafragma (90,6%). Para a esmagadora maioria (95,9%), a
escola foi principal fonte de informação. Das 234 jovens sexualmente ativas, 36,3% nunca
recorreram à contraceção de emergência, 8,9% recorreram apenas 1 vez e as restantes recorreram
mais do que uma vez (54,8%). A distribuição das jovens pelo nível de conhecimento foi o que se
segue: 0,4% Mau; 25,7% Reduzido; 64,5% Médio; 9% bom e 0,4% Muito Bom. O teste de correlação
de Spearman provou existirem correlações, estatisticamente, significativas, fracas e positivas entre
o nível de conhecimento, a idade (Rs=0,134; p=0,034) e o ano curricular frequentado (Rs=0,187;
p=0,003).
Conclusão: Considera-se que o nível de conhecimento registado foi pouco satisfatório dado o nível
de formação das jovens estudantes. A idade e o ano curricular frequentado mostraram estar
correlacionados com o nível de conhecimentos sobre a contraceção de emergência. Estes resultados mostram a necessidade do reforço da formação dos futuros profissionais de saúde no
que diz respeito aos métodos contracetivos
Description
Keywords
Métodos contracetivos Contraceção de emergência Jovens Mulheres
Pedagogical Context
Citation
Ribeiro, M.; Fernandes, A. (2014). Conhecimento e utilização da contraceção de emergência em mulheres jovens estudantes do ensino superior. In IX Congresso da Associação Portuguesa de Licenciados em Farmácia, XXVII Encontro Nacional de Técnicos de Farmácia, IV Encontro Nacional de Estudantes de Farmácia: livro de resumos. Bragança: Escola Superior de Saúde, p. 15-16. ISBN 978-972-745-177-7
Publisher
Instituto Politécnico de Bragança, Escola Superior de Saúde