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Advisor(s)
Abstract(s)
A automedicação Ć© definida como o consumo de um medicamento sem orientação ou prescrição de profissionais competentes, no qual o próprio paciente decide o produto que serĆ” utilizado, podendo ser realizada com produtos industrializados ou remĆ©dios caseiros. Objetivos: Determinar a prevalĆŖncia e a frequĆŖncia da automedicação; caracterizar a terapĆŖutica usada, motivos, averiguar a comunicação ao mĆ©dico, a ocorrĆŖncia de efeitos indesejĆ”veis e o conhecimento sobre os riscos; bem como determinar fatores associados Ć automedicação. MĆ©todos: O estudo realizado foi do tipo transversal e descritivo-correlacional. Nele participaram 330 indivĆduos, 57,0% do sexo feminino e 43,0% do sexo masculino, com idades compreendidas entre os 18 e os 88 anos (mĆ©dia 41,3). A recolha de dados foi realizada atravĆ©s de um questionĆ”rio de autopreenchimento. Na anĆ”lise estatĆstica aplicaram-se medidas de tendĆŖncia central e de dispersĆ£o, e o teste do qui-quadrado considerando o nĆvel de significĆ¢ncia de 5%. Resultados: Verificou-se que a prevalĆŖncia da automedicação foi de 87,6%, dos quais 78,2% afirmam tĆŖ-lo feito no Ćŗltimo ano; a maioria (81,2%) afirma automedicar-se apenas algumas vezes por ano, havendo uma minoria que o faz diariamente (0,9%). Recorrem com mais frequĆŖncia ao Paracetamol e ao Ibuprofeno, sendo as cefaleias e constipaƧƵes os principais motivos. Dos indivĆduos que se automedicam, 52,1% admitem informar o seu mĆ©dico dos medicamentos nĆ£o prescritos que utilizam e 83,0% afirmaram nĆ£o ter notado a ocorrĆŖncia de efeitos indesejĆ”veis. Da totalidade dos indivĆduos inquiridos, 88,2% afirmam que a automedicação constitui algum tipo de risco para a saĆŗde. O gĆ©nero e a escolaridade parecem estar associados Ć automedicação (p<0,001 e p=0,01, respetivamente). ConclusĆ£o: A automedicação Ć© bastante prevalente, mas pouco frequente ao longo do ano. Os analgĆ©sicos e anti-inflamatórios sĆ£o os medicamentos mais usados, devido a dores de cabeƧa e constipaƧƵes. Apenas cerca de metade dos indivĆduos que se automedicam informam o mĆ©dico, e a maioria nĆ£o sentiu efeitos indesejados. A automedicação Ć© considerada como perigosa para a saĆŗde e parece estar associada ao gĆ©nero e escolaridade.
Description
Keywords
Automedicação Uso de medicamentos não sujeitos a receita médica Risco
Citation
Pinto, Isabel C.; Coelho, J.C.M.M.; Teixeira, Ana; Bernardo, Carlos; Vaz, Cristina (2014). Automedicação numa cidade do norte de Portugal. In 2nd World Congress of Research in Health. Viseu
Publisher
Instituto PolitƩcnico de Viseu